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Esportes

Efeito Rebeca: Projeto de ginástica tem fila de espera que pode demorar um ano

O projeto do Cefat tem cerca de 400 crianças matriculadas e outras 200 meninas aguardando uma vaga

Por Gabriel de Matos | 15/08/2024 20:03
Lauane Vaz, Elaine Nagano e Arthur Reis no Centro de Treinamento da Funesp (Foto: Gabriel de Matos) 
Lauane Vaz, Elaine Nagano e Arthur Reis no Centro de Treinamento da Funesp (Foto: Gabriel de Matos)

A ginástica artística foi uma das modalidades que mais trouxe medalhas ao Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Foram quatro medalhas (uma de ouro, duas de prata e uma de bronze). O 'efeito Rebeca Andrade' é visto em Campo Grande. O projeto do Cefat (Centro de Treinamento de Ginástica), da Funesp (Fundação Municipal de Esporte de Campo Grande) tem cerca de 400 alunos matriculados.

Uma das responsáveis pelo projeto é a professora e ginasta Elaine Nagano, que também é diretora técnica da FGMS (Federação de Ginástica de Mato Grosso do Sul). Atualmente, o projeto tem uma longa fila de espera para as meninas. Dos 400 matriculados entre 8 e 13 anos, a professora estima que oito em cada dez são meninas. A espera por uma vaga para as meninas pode levar um ano. Já para os meninos, a disponibilidade é imediata.

"Nós temos uma regra bem criteriosa para quem está. Primeiro, precisa estar matriculada em alguma escola. Além disso, se tiver três faltas consecutivas não justificadas gera desligamento do aluno. Porque o único jeito de colocar novas meninas na turma é com a desistência de quem está aqui", explicou Elaine.

Placa do Centro de Formação de Atletas Professora Rose Rocha (Foto: Gabriel de Matos) 
Placa do Centro de Formação de Atletas Professora Rose Rocha (Foto: Gabriel de Matos)

Para quem tiver interesse, pode entrar comparecer ao Cefat na Avenida Costa e Silva, nº 2371 na Vila Olinda, em Campo Grande. O local conta com todos os aparelhos de ginástica artística e 23 pessoas trabalhando diariamente. Para se matricular (no caso de meninos) ou ficar na fila de espera (meninas), o cadastro deve ser feito pessoalmente.

A professora explica que houve um efeito de maior procura com as medalhas e ótimas campanhas da ginasta Rebeca Andrade nos últimos dois Jogos Olímpicos (Tóquio 2020 e Paris 2024).

No entanto, a crescente no número de praticantes da modalidades vem há alguns anos. "Campo Grande sediou três eventos grandes eventos de ginástica nos últimos anos no Ginásio Guanandizão. O objetivo era de mostrar a população a modalidade e surtiu efeito".

Ginastas braileiras com a medalha de bronze em Paris 2024 (Foto: Miriam Jeske/COB)
Ginastas braileiras com a medalha de bronze em Paris 2024 (Foto: Miriam Jeske/COB)
Espaço de treinamento do Cefat com aula de meninas (Foto: Gabriel de Matos) 
Espaço de treinamento do Cefat com aula de meninas (Foto: Gabriel de Matos)

Em relação aos equipamentos e espaço de treinamento, Elaine avaliou que a estrutura é boa e que não está muito distante de clubes de ponta com o Pinheiros-SP (clube em que a Rebeca Andrade passou antes do Flamengo).

"Aqui o espaço é um pouco apertado, mas está tudo encaixado. Eu conheço outros lugares e não estamos muito atrás. Em termos de aparelhos, temos todos os femininos e os masculinos, tirando o fosso (buraco cheio de espuma) para fazer saída dos aparelhos", disse Elaine.

A professora está com 54 anos e trabalha com projeto de ginástica há 35 anos. Ela já morou nos Estados Unidos por 20 anos e trabalhou em centros de treinamento. Além disso, já foi chefe de delegação brasileira na Alemanha. Elaine complementou que Campo Grande tem outros dois lugares que oferecem ginástica: o CT Luizinho e o LC Gym.

Lauane se apresentando na trave no Cefat em Campo Grande (Foto: Gabriel de Matos)
Lauane se apresentando na trave no Cefat em Campo Grande (Foto: Gabriel de Matos)

Promissores - Após contar a história do projeto, Elaine trouxe dois alunos. Uma delas é Lauane Vaz, de 11 anos, que está no 6º ano. Ela teve de esperar cerca de um mês para entrar no projeto e está quase completando um ano treinando.

Ela fazia ginástica rítmica no Parque Jacques da Luz, na região das Moreninhas, onde ela também mora. "Eu vim para ginástica artística porque meu pai falou que é melhor. Gosto muito da Rebeca Andrade".

Dentre os meninos, quem já se destaca é Arthur Reis, de 12 anos. Ele estuda no 7º ano e disse que gosta bastante da modalidade. "Já sabia fazer alguma coisa telinha essas coisas em casa. E daí me colocaram aqui. Eu vou competir agora no estadual e espero que a apresentação seja boa".

O aparelho que Arthur mais gosta de se apresentar é o solo. A grande referência para ele no esporte é o Arthur Zanetti.

Arthur no aparelho argolas treinando no Cefat (Foto: Gabriel de Matos)
Arthur no aparelho argolas treinando no Cefat (Foto: Gabriel de Matos)

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