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Esportes

Em reviravolta, Operário recupera marca entregue em dívida trabalhista

Aline dos Santos | 10/02/2012 10:39

A nova decisão foi causada por um erro processual, que levou à anulação da ação

Segundo Thiago, reviravolta foi causada por um erro processual. (Foto: Fabiano Arruda)
Segundo Thiago, reviravolta foi causada por um erro processual. (Foto: Fabiano Arruda)

O time do Operário conseguiu reaver na Justiça a marca do clube, que tinha sido entregue ao ex-jogador Celso Elias Zottino em pagamento por dívida trabalhista. A reviravolta foi causada por um erro processual, que levou à anulação do processo.

De acordo com o advogado Thiago Nascimento Lima, a defesa do Operário não foi informada das decisões. “Não existe um ato processual sem que o advogado da parte tenha tido conhecimento”, salienta.

Desta forma, a defesa entrou com uma ação anulatória. Nesta semana, o juiz substituto Denilson de Souza Lima, o mesmo que tinha autorizado a penhora da marca, determinou a anulação. Na decisão, o magistrado também deu uma liminar para que a sentença já passe a ter validade.

Segundo o advogado, o nome do Operário foi dado em pagamento a uma dívida de R$ 12 mil com o ex-jogador. Contudo, Celso ganhou, mas não levou. “O Operário não tem uma marca, como times grandes, que exploram o nome comercialmente, com venda de produtos. O time só usa a marca no uniforme”, afirma o advogado.

Ele enfatiza que o time do Operário só tem escudo, que é de domínio público. “Tanto que o Celso entrou com um pedido para registrar a marca, mas, se ela ainda não existe, como ele poderia ter ganho. É contraditório”, afirma Thiago Lima.

Na prática, a questão ganhou ar simbólico, porque o Operário manteve o nome. Quanto à briga na Justiça pela dívida trabalhista, o clube sinaliza que vai buscar um acordo. Hoje, o valor do débito chega a R$ 15 mil.

O Operário viveu seus momentos de glória no futebol brasileiro em 1977, quando foi o terceiro colocado no Campeonato Brasileiro. Dos tempos vitoriosos, só ficaram lembranças.

O time entrou em decadência e chegou a perder até a sede. O Galo começou o ano passado com uma boa notícia: ganhou uma vaga na séria A do Estadual com a desistência da equipe do Costa Rica. Contudo, com campanha inexpressiva, voltou a ser rebaixado.

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