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Esportes

Equipes de MS se preparam para competição nacional de vôlei adaptado

Representantes de Campo Grande, Ponta Porã e Rochedo embarcaram hoje para viagem de 30 horas até Palmas

Por Gustavo Bonotto e Rafaela Palieraqui | 20/01/2025 20:55
Equipes de MS se preparam para competição nacional de vôlei adaptado
Equipes de vôlei adaptado posam ao lado do secretário de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda. (Foto: Rafaela Palieraqui)

Três times vão representar o estado na Final Nacional da Superliga Melhor Idade das Américas, categoria Vôlei Adaptado a Melhor Idade, que ocorrerá de 22 a 26 de janeiro, em Palmas (TO). São eles: Rochedo, do município homônimo, Conssol, de Ponta Porã, e o Centro de Convivência do Idoso Vovó Ziza, de Campo Grande. As equipes acima de 40 anos embarcaram na noite de segunda-feira (20), com 56 atletas, em uma viagem de mais de 30 horas de ônibus até a capital tocantinense.

Antes de seguir para o destino, os atletas e técnicos concederam entrevistas, compartilhando suas expectativas e experiências. Edivaldo Barbosa Lacerda, de 55 anos, é técnico da equipe do Centro de Convivência do Vovó Ziza. Ele destacou a importância do vôlei adaptado para a vida dos atletas.

"É maravilhoso trabalhar com esses atletas. No Vovó Ziza, temos quatro equipes, duas masculinas e duas femininas, nas categorias 60 mais e 70 mais. O vôlei adaptado traz uma qualidade de vida imensa para eles. Eles estão sempre felizes e motivados, e é emocionante ver essa alegria ao viajar para competições como esta", afirmou Edivaldo.

Equipes de MS se preparam para competição nacional de vôlei adaptado
Praça do Radio Clube foi ponto de encontro para quem vai encarar 30 horas de viagem. (Foto: Rafaela Palieraqui)

Márcia Teodora de Oliveira, de 58 anos, é jogadora e coordenadora das equipes. Ela também compartilhou suas expectativas para a competição. "Vou com a equipe do Conssol, que está indo com sete categorias, de 45 a 75 anos. Nosso objetivo é trazer o troféu para Mato Grosso do Sul", disse. Ela ressaltou a importância do evento para os atletas mais velhos, muitos dos quais enfrentaram desafios pessoais ao longo da vida. "O vôlei adaptado transforma a vida das pessoas. Além de melhorar a saúde, traz uma nova energia, uma nova motivação para todos", afirmou.

Rosa Lúcia, de 53 anos, participou da coletiva com uma história de superação. "O esporte me trouxe de volta à vida. Eu passei por um câncer e, ao praticar o vôlei adaptado, encontrei uma nova força em mim", contou emocionada. Ela também fez parte da equipe campeã estadual e vice-campeã sul-americana. "Já fui campeã estadual e agora queremos ir para Palmas com a missão de representar Mato Grosso do Sul", disse Rosa.

Outra jogadora entusiasmada é Lourdes Marlene Gunter, de 70 anos. A jogadora do Vovó Ziza falou sobre suas expectativas. "Nós treinamos muito e vamos para ganhar. Estamos todos determinados a trazer o troféu para Campo Grande". Para ela, a experiência de viajar e competir tem um significado profundo.

Equipes de MS se preparam para competição nacional de vôlei adaptado
As coordenadoras dos times de MS, junto à Rosa Lúcia, do time Conssol. (Foto: Rafaela Palieraqui)

"Vai ser mais de 20 horas de ônibus, mas estamos preparados para isso. Nós queremos mostrar que a idade não é um obstáculo. Com esforço e determinação, podemos conquistar o que quisermos", completou.

O apoio do Governo do Estado foi destacado pelo secretário de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Ferreira Miranda. "Através da Fundesporte, conseguimos viabilizar o transporte das equipes. O esporte da melhor idade é fundamental para melhorar a qualidade de vida e garantir uma longevidade saudável para nossos atletas", finalizou.

Vôlei adaptado - É uma modalidade que tem regras diferentes do vôlei tradicional para atletas acima de 40 anos. O surgimento foi no final do século 20. No saque, a bola deve ser lançada e não pode ultrapassar a altura do ombro. O número de jogadores são seis, assim como na modalidade profissional.

Além disso, quem está na linha da frente, próxima à rede, não pode saltar para pegar a bola. Outra adaptação é no fundamento da recepção: o jogador pode pegar a bola com as duas mãos, sem tempo limite para o que passe seja feito.

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