Longe de SP, corredores ganham versão bem modesta da São Silvestre
Evento que está em sua 2ª edição reuniu amadores e experientes corredores em provas de 3km, 8km e 15 km
No último dia do ano, enquanto São Paulo celebrava a 98ª edição de sua tradicional corrida de São Silvestre, a quase mil quilômetros de distância, em Campo Grande, um grupo de entusiastas da corrida de rua criou sua própria versão da emblemática prova: a "São Silvestre de Campo Grande".
Agora em sua 2ª edição, o evento não só reuniu 205 corredores em percursos de 3 km, 8 km e 15 km, como também almeja fazer parte do calendário oficial de corridas da capital sul-mato-grossense. Na primeira edição, a corrida foi realizada de forma virtual devido à pandemia, mas este ano, sem restrições, a adesão superou as expectativas.
"Esperávamos cerca de 150 pessoas. Se tivéssemos aberto para 300, teríamos preenchido as vagas. Muitos não puderam ir para São Paulo, então trouxemos a corrida até eles", explicou Elton Cardoso, organizador do evento e membro do Ranking Brasil.
Guardadas as devidas proporções, a meta é transformar o evento em uma tradição anual em Campo Grande, no último dia de cada ano. "A São Silvestre de São Paulo começou com cerca de 200 pessoas, como temos aqui. Com o tempo, pode se tornar algo cultural também", concluiu Elton.
No pódio dos 15 km, na categoria feminina, Elaine Neri, 54 anos, uma experiente corredora com 20 anos de maratonas no currículo, conquistou o primeiro lugar. Ela compartilhou seus planos futuros, incluindo participar de maratonas na Argentina em 2024, na Alemanha em 2025 e, quem sabe, estrear na São Silvestre de São Paulo. "Correr faz parte da minha vida", enfatizou a atleta após completar a prova em Campo Grande.
Além dos atletas experientes, a São Silvestre de Campo Grande atraiu também amadores que recentemente se aventuraram na corrida de rua. Gabrielli Vilas Boas, 37 anos, começou a correr há apenas 3 meses para acompanhar o namorado, que já acumula experiência, incluindo participações na São Silvestre original.
"Gostei bastante da experiência e me diverti durante o percurso. O incentivo do namorado foi fundamental para começar a correr. Foi a primeira vez que corremos juntos, já que ele mora em São Paulo e veio para Campo Grande me acompanhar na corrida", compartilhou Gabrielli.
Mesmo com um dedo do pé machucado, Reginaldo Durizzi, 43 anos, fez questão de completar o trajeto para acompanhar sua parceira. Com experiência em corridas, ele ressaltou que Campo Grande não deixa a desejar em relação a outros percursos pelo Brasil e que o incentivo à corrida de rua na capital tem crescido nos últimos anos.
“Corri 3 vezes a São Silvestre, a única diferença é a quantidade de pessoas. O caminho da Afonso Penas tem altos e baixos, mas com a vista e arborização fica mais fácil de respirar, o tempo também estava bom porque estava nublado e só no final da corrida saiu o sol. Campo Grande já foi pior no incentivo a corridas mas ultimamente tenho visto que melhorou. Meu pé está machucado no dedinho, mas vim correr para incentivar a namorada e não deixar ela sozinha”, comentou o participante.
A prova, que ganhou as ruas pela primeira vez, teve inicio nos Altos da Avenida Afonso Pena, contornou o Parque dos Poderes e teve como chegada o mesmo local do inicio. Durante todo o trajeto, os participantes tiveram acesso a água mineral, água de coco e frutas. Além disso, todos os participantes, independentemente do resultado, ganhara, medalhas de participação.
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