O que é a Libra e o que esperar da nova Liga do Futebol Brasileiro?
País pode anhar duas ligas: a Libra (Liga do Futebol Brasileiro) e a LFF (Liga Forte Futebol do Brasil)
Depois de anos de discussões, aparentemente chegou ao fim a novela sobre a criação de uma liga de futebol. Aliás, teremos não só uma, como duas ligas: a Libra (Liga do Futebol Brasileiro) e a LFF (Liga Forte Futebol do Brasil).
Mas agora, que pelo menos isso está definido, quais serão os rumos dos torneios e competições que não terão mais controle da CBF? E como ficarão distribuídos os clubes entre as duas ligas?
Muitas partes estão interessadas nessas respostas. Os torcedores são a parte fundamental, já que querem acompanhar seus times e comemorar mais conquistas. Mas o futebol hoje é uma máquina de negócios que envolve também empresas, setor público e muito mais.
Com o crescimento das apostas esportivas no Brasil, empresas como a pin up bet também estão atentas, seja para melhorar seus produtos e oferecer odds nos jogos das novas competições ou até aproveitar novas oportunidades de marketing, que devem surgir em peso.
É normal que ligas bem organizadas consigam um enorme aumento de suas receitas, já que os clubes vão buscar o máximo de entrada de recursos possíveis. A NFL é um bom exemplo a seguir nesse sentido.
A discussão entre clubes e CBF
Para saber o que esperar da Libra e da LFF, é preciso entender os motivos pelos quais elas foram criadas, certo? Por isso, vamos resumir os anos de discussões para que você entenda o que aconteceu.
Atualmente, a Confederação Brasileira de Futebol é a responsável pela organização de alguns campeonatos brasileiros, como o Brasileirão. Portanto, todas as divisões do principal campeonato nacional, Copa do Brasil e outras competições são organizadas pela CBF.
Mas de um tempo para cá, os clubes brasileiros brigaram pela organização das séries A e B do Brasileirão por uma liga independente. Dessa maneira, a CBF não teria mais poder de decisão, planejamento e, claro, organização do principal campeonato nacional.
No início deste ano, o presidente da confederação, Ednaldo Rodrigues, deu o aval para a criação da liga. A única condição seria o atendimento dos calendários da própria CBF, Conmebol e Fifa.
Dito isso, os clubes se organizaram para combinar os detalhes da criação da liga. Mas não houve consenso, sobretudo, por conta dos direitos de transmissão, entre outros detalhes.
Consequentemente, houve um racha entre as ligas. Assim, ficou definido que seriam criadas a Libra e a LFF.
A Liga do Futebol Brasileiro (Libra) é formada por:
- Flamengo
- Corinthians
- São Paulo
- Palmeiras
- Santos
- Grêmio
- Cruzeiro
- Botafogo
- Vasco
- Red Bull Bragantino
- Ituano
- Novorizontino
- Guarani
- Ponte Preta
Já a Liga Forte Futebol do Brasil (LFF) é composta por:
- Athletico
- Atlético-MG
- Atlético-GO
- Internacional
- Goiás
- Fluminense
- Fortaleza
- América-MG
- CRB
- CSA
- Coritiba
- Chapecoense
- Brusque
- Avaí
- Londrina
- Ceará
- Sampaio Corrêa
- Tombense
- Sport
- Náutico
- Operário
- Cuiabá
- Juventude
- Criciúma
Discussões entre as ligas
As transmissões de jogos não acontecem gratuitamente. Então, as emissoras de TV são obrigadas a fornecerem uma porcentagem à liga, clubes e jogadores. É exatamente por isso que as ligas não se entendem: elas não concordam quanto à divisão do dinheiro, audiência e outros fatores.
Entretanto, para o bem do tão amado e querido futebol, as ligas precisam negociar detalhes para que as competições aconteçam de forma satisfatória para todos. Por isso, integrantes das duas ligas se reuniram esta semana para definir os rumos futuros.
Aliás, presidentes de clubes de ambas as ligas acreditam que é possível fazer uma liga com 40 clubes, caso as negociações corram bem.
Além dos repasses das cotas de transmissão, também precisam ser acertados detalhes sobre as séries A e B. Serão estatutos diferentes entre as divisões, portanto, é necessário mobilizar os clubes para discutirem pontos comuns e divergentes.
Até iniciativas de marketing e patrocinadores podem entrar na discussão. Nos últimos três anos a presença de casas de apostas que não limitam patrocinando times de futebol explodiu e quase todos os times das principais séries brasileiras têm um parceiro nesse setor. Isso deve continuar com a mudança para uma liga.
A divisão dos direitos de transmissão é feita com base em uma porcentagem entre os clubes, desempenho e audiência. De acordo com a LFF, o ideal seria a porcentagem de 50% distribuída entre os clubes, igualmente; 25% de acordo com o desempenho e 25% por audiência.
Já para a Libra, o ideal seria a divisão por 40% entre os clubes, 30% por desempenho e 30% por audiência. Além disso, a divisão seria feita de acordo com fatores como público em estádios, audiência na TV, número de torcedores e muito mais.
Outra discordância diz respeito à diferença de repasse para a Série B do Brasileirão. A Libra concorda com o repasse de 15% entre os 20 clubes da segunda divisão. Já a LFF deseja repassar 20%.
O que esperar do futuro do futebol?
As ligas de futebol já não são novidade pelo mundo. Aliás, algumas delas, como a Premier League, foram usadas como exemplos para a criação de nossa liga brasileira. Mas Bundesliga, La Liga e tantas outras são modelos de que as ligas de futebol vieram para ficar.
Além da definição sobre os repasses financeiros, é possível esperar mudanças quanto ao marketing das competições e muito mais. Quanto ao calendário, elas certamente terão que respeitar as organizações acima das ligas, mas há discussões sobre alterações nas temporadas.
Há muito ainda o que ser acertado para finalmente serem colocadas em prática as mudanças no futebol brasileiro. Mas fato é que muitas delas vão acontece