Pantanal Sobre Rodas é exemplo com superação até no nome

O time de basquete em cadeira de rodas, Pantanal Sobre Rodas, da Associação Supera Sidrolandense de Pessoa com Deficiência será Mato Grosso do Sul no Campeonato Brasileiro Segunda Divisão da modalidade em São Paulo. Com sete anos de existência, o plantel carrega superação como lema há sete anos.

A modalidade está sendo difundida no Estado desde 1981. A técnica do time, Belquice Falcão, relata que o professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Ari Bitar, trouxe o basquete em cadeira de rodas para Mato Grosso do Sul. Ela informa ainda que a Federação de Basketball de MS tem um departamento especial para esta variação do esporte.

Belquice trabalha com basquete há cerca de 20 anos. Experiente, ela é a responsável por treinar os 12 jogadores que fazem parte do atual plantel. "Hoje temos 12 pessoas treinando entre iniciantes os já praticam a modalidade há mais tempo. Como Dourados Sobre Rodas não disputa campeonato três atletas estarão integrando nossa equipe na pontuação que a equipe precisa", explica.

Recentemente, a equipe foi convidada para fazer a abertura do Campeonato Estadual de basquete sub-14 no Cemte (Centro Municipal de Treinamento Esportivo) em Campo Grande. O objetivo era difundir e tornar mais conhecida a variação do basquete.

"Dar visibilidade a modalidade é de fundamental importancia para demonstrar que eles são capazes de fazer muita coisa e viver normalmente na sociedade e aumentar o numero de praticantes", ressalta Belquice.

Em relação a estrutura da equipe e a projeção para o Campeonato Brasileiro, Belquice aposta em uma campanha modesta. "Apesar da equipe estar na Segunda Divisão, nós estamos longe da estrutura dos outros clubes que treinam todo os dias com dois periodos de academia e quadra. Eles ganham para treinar e competem o ano todo com equipe multidisciplinar (fisioterapia, preparador físico e psicologa)".

"Como nosso Estado fica longe onde o basquetebol é praticado e onde são realizados torneios, o Brasileiro é o nossa única competição do ano", afirma Belquice.

Outras dificuldades listadas pela técnica envolvem a condição dos atletas. Ela explica que geralmente as pessoas adquirem a deficiência por traumas que afetam toda a família. "Alguns caem em depressão e tem dificuldade para pegar ônibus ou conseguir transporte ao treino", disse.

Porém, Belquice opina que o esporte é o caminho para reabilitação, socialização, melhora da qualidade de vida e fortalecimento muscular.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.