Projeto da pista de atletismo no Ayrton Senna ainda é sonho, 23 anos depois
A proposta original da pista oficial de atletismo é de 1994, ainda na gestão do já falecido ex-governador Pedro Pedrossian
Depois de 23 anos e várias gestões nos governos estaduais e municipais, finalmente a implantação de uma pista oficial de atletismo no Parque Ayrton Senna, no bairro Aero Rancho, em Campo Grande, com a tecnologia do emborrachamento, se ainda não é uma certeza, pelo menos caminha para um desfecho de um sonho com final feliz, disse nesta tarde de quinta-feira (14) o diretor-presidente da Funesp (Fundação Municipal de Esporte e Lazer), Rodrigo Terra.
É que hoje o prefeito Marquinhos Trad apresentou ao Ministério do Esporte, em Brasília, toda a documentação com aprovação de análise técnica e jurídica sobre o aditivo de convênio solicitado pela Prefeitura de Campo Grande para a retomada da obra, paralisada desde 2012 com andamento de apenas 3%, conforme dados da Funesp.
O projeto de emborrachamento é de 2011, mas a proposta original da pista oficial de atletismo do Parque Ayrton Senna é de 1994, ainda na gestão do já falecido ex-governador Pedro Pedrossian. Desde então, Mato Grosso do Sul teve os governos de Wilson Barbosa Martins (1995-1998), Zeca do PT (1999-2006) e André Puccinelli (2007-2014), que municipalizou a gestão do parque.
“Agora, se tudo correr bem, o prefeito Marquinhos Trad vai finalizar a obra. Buscamos uma atualização de recursos porque o projeto de emborrachamento da pista é de 2011 e hoje não é mais possível fazer uma obra baseada em valores de sete anos atrás”, explicou Rodrigo Terra. Antes a previsão de investimento era de R$ 4,1 milhões e com a atualização o custo da obra saltará para R$ 7,6 milhões, incluindo a contrapartida da prefeitura que agora será de R$ 765 mil.
Segundo Rodrigo Terra, também houve uma negociação com o Ministério do Esporte para a redução da contrapartida da prefeitura, que no projeto de 2011 era de 43% e agora caiu para 9%.
“Era um valor quase impossível de ser pago pela prefeitura, mas a gente conseguiu que caísse para 9%. Só para se ter uma ideia, a atualização do valor do investimento do Governo Federal para R$ 7,6 milhões iria significar uma contrapartida de R$ 4,1 milhões da prefeitura, e vamos pagar R$ 765 mil”, comentou o diretor-presidente da Funesp.
Além do emborrachamento da pista de 400 metros, o projeto inclui contrapiso e acabamento, mais estrutura física de banheiros e vestiários para que Campo Grande tenha condições de receber grandes competições nacionais e internacionais de atletismo.
“Mato Grosso do Sul é o único estado do Brasil que não tem uma pista oficial de atletismo. Hoje não temos condições de receber nem mesmo competições escolares como os Jogos Escolas Brasileiros ou os Jogos Universitários Brasileiros, enfim, várias competições nacionais que não podemos realizar porque não temos uma pista oficial de atletismo”, lamentou Terra.