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Esportes

Sem apoio, participar do nacional é desafio que ajudará o parajiu-jitsu de MS

Amanda Bogo | 26/07/2016 14:33
Higa durante luta do BH Open, no qual ficou em 3º lugar (Foto: Reprodução/Facebook)
Higa durante luta do BH Open, no qual ficou em 3º lugar (Foto: Reprodução/Facebook)

Participar da 3ª edição do Campeonato Brasileiro de Parajiu-Jitsu, que acontecerá em setembro em Santo André (SP), e do qual foi campeão da primeira edição, não é apenas um objetivo pessoal para o lutador Adilson Higa, que vê a competição como uma forma de apoio à fundação da Federação Paradesportiva de Jiu-Jitsu de Mato Grosso do Sul, segunda voltada a modalidade em todo o país. Mas para isso, o atleta busca patrocínio.

Em 2014, Higa foi campeão nas categorias DMS 4, para atletas amputados de membros superiores, e da unificada, que reuniu todos os lutadores da competição. No ano seguinte, não conseguiu buscar o bicampeonato por falta de apoio financeiro.

Faltando apenas quarenta dias para o início da 3ª edição, conseguiu até o momento de um apoiador que contribuiu com a gasolina necessária para ir até o interior de São Paulo. Segundo o atleta, o custo da viagem está em torno de R$3 mil. “Comecei a movimentação na semana passada para mobilizar quem possa ajudar. Como é um campeonato em Santo André, você não consegue uma diária por menos de trezentos reais. A competição é em um dia, então preciso sair de Campo Grande com dois de antecedência para descansar e retornar no dia seguinte ao campeonato. São quatro dias de hospedagem e alimentação, fora o custo com pedágio, gasolina para voltar e a inscrição”, explicou, completando que o valor do translado chega a R$ 1.200.

Higa está trabalhando com a fundação da federação de Parajiu-Jitsu no Estado (Foto: Arquivo/ Alcides Neto)
Higa está trabalhando com a fundação da federação de Parajiu-Jitsu no Estado (Foto: Arquivo/ Alcides Neto)

Lutar no nacional não é apenas um objetivo pessoal do atleta. Segundo Higa, no mês de agosto será fundada a Federação de Paradesportiva de Parajiu-Jitsu de Mato Grosso do Sul, segunda fundação do país desse tipo. “A participação é importante para contribuir na criação da fundação. Temos a carta de intenção da confederação brasileira apoiando a iniciativa. Queremos, com isso, tirar as pessoas que estão escondidas e acham que o esporte de luta e o Jiu-Jitsu é inacessível para quem tem algum tipo de deficiência”, explicou.

Mesmo com a incerteza de conseguir o patrocínio, a inscrição de Higa está confirmada e os treinos já começaram. “Comecei a apertar os treinos, de três para cinco vezes na semana e em dois períodos, aumentando o rítmo. Estou cuidando de lesão de outros campeonatos, já que na próxima semana viajo para a etapa do circuito mundial, que acontecerá em Gramado. Cada campeonato é uma despesa, um custo diferente, por isso busco patrocínio e ajuda que leve a gente até lá", finalizou. 

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