Sob o olhar de Robinho, Atlético-GO derruba invencibilidade de 12 jogos do Santo
Com Robinho na torcida e Marinho fora por lesão, o Santos viu sua invencibilidade de 12 jogos chegar ao fim diante do Atlético-GO, na Vila Belmiro, na noite desta quarta-feira. Chico fez um golaço e definiu o triunfo por 1 a 0 no Brasileirão.
Numa noite em que nada deu certo para o Santos, o jovem Marcos Leonardo teve a grande chance do empate aos 45 minutos do segundo tempo, mas falhou. Ele recebeu na cara de Jean e, livre, cabeceou na mão do goleiro.
Pela primeira vez, o Atlético-GO ganhou atuando na casa do Santos. Uma vitória maiúscula para quem tinha desfalques, perdeu Gustavo Ferrareis no início do jogo e não contava com Vagner Mancini no banco. O técnico trocou o time goiano pelo Corinthians.
Sem derrotas há 12 jogos, o Santos sabia que não bastava defender a série invicta. O time necessitava ganhar dos goianos para não deixar os líderes distanciarem. Em seis jogos contra os rivais na Vila Belmiro, um bom retrospecto: três vitórias e três empates, o que sugeria certa vantagem.
Mas havia um adversário a mais para o técnico Cuca: os desfalques. Principal jogador santista, Marinho não se recuperou das dores musculares e foi cortado da partida, assim como o zagueiro Lucas Veríssimo. Há algumas rodadas que o camisa 11 vinha "jogando no sacrifício". O defensor atuou diante do Grêmio, mas voltou a sentir um desconforto muscular.
O Santos já não tinha o volante Alison e o meia Carlos Sánchez, machucados, o atacante Soteldo, voltando da seleção venezuelana e o volante Jobson, suspenso. Com os desfalques, Cuca "inventou" Pará de volante e Jean Mota na armação.
E, sem o astro Marinho, a missão de buscar a vitória na Vila Belmiro recaiu nos jovens Arthur Gomes, Kaio Jorge e Lucas Braga Os garotos até vão bem quando o camisa 11 atua. Mas, sem a referência, deveram futebol no primeiro tempo.
Contratação polêmica, o atacante Robinho estava nas arquibancadas da Vila Belmiro para prestigiar o time. Mesmo sozinho, estava de máscara, e disposto a comemorar nova vitória do time. O Santos vinha de 2 a 1 no Grêmio, domingo, gols de Marinho.
O reforço viu um primeiro tempo sem nenhuma ameaça ao goleiro João Paulo, mas pouca criação e perigo na frente. Um chute de Jean Mota bem defendido por Jean foi o que o Santos teve de melhor na etapa.
O segundo tempo começou com bate-boca entre Diego Pituca e Janderson, o que prometia uma etapa mais quente. Logo depois foi a vez de Zé Roberto e Laércio se desentenderem. Ataque que é bom, porém... Cuca cansou de Lucas Braga e Arthur Gomes e com 12 minutos mudou o ataque. Lançou Tailson e Marcos Leonardo. Fôlego novo para o Santos ameaçar o gol de Jean.
Quem cresceu foram os goianos. Matheus Vargas perdeu debaixo das traves, sem goleiro. Na sequência, uma obra-prima. Janderson pegou na lateral-direita, driblou cinco marcadores cortando o campo para a esquerda. Chico recebeu, ajeitou, e bateu no ângulo de João Paulo. Um golaço na Vila Belmiro.
Em desvantagem e com muitos jovens no campo, o Santos não conseguia controlar os nervos. O técnico Cuca chegou a discutir com o árbitro e levou amarelo. Mesmo sem Vagner Mancini, que foi para o Corinthians, o Atlético-GO soube administrar a vantagem e pela primeira vez ganhou na Vila Belmiro.
O Santos desperdiçou a chance de subir na tabela e agora buscará a reabilitação fora de casa. São duas visitas, contra Coritiba e Fluminense.