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Assessor "sem preconceitos" passa de governo em governo

Marta Ferreira | 08/11/2018 06:00

Longevidade - O equilíbrio na política é uma arte para poucos. Alguns conseguem, em funções chaves, passar ilesos em governos totalmente antagônicos. Jader Rieffe Julianelli Afonso quase consegue esse titulo

Boquinha- Incólume no governo André Puccinelli (MDB) e até agora no de Reinaldo Azambuja (PSDB), Jader chegou a ser anunciado como integrante de um eventual governo Odilon de Oliveira (PDT), mesmo ainda estando na equipe tucana, como adjunto na Secretaria de Governo.

Consolo - Amigo de Hebert Assunção, ex-vice de Odilon, Jader não confiava na vitória de Reinaldo e abria porta na concorrência tentando sua permanência no poder. Ele, no entanto, não vai ficar totalmente na mão. É fiscal de renda e, como concursado, não pode ser exonerado. Deve retornar ao setor de fiscalização.

Memória - Jader Afonso foi alvo da operação Máquinas de Lama, feita, em maio do ano passado, para, segundo a polícia, desarticular organização suspeita de lavagem de dinheiro e de fraudes em licitações em Mato Grosso do Sul.

Mentira - O deputado Renato Câmara (MDB) aproveitou sessão na CCJR para denunciar um eventual fake news que teria sofrido na eleicão. Ele contou que por ter votado contra o projeto “escola sem partido” na comissão, um vídeo foi espalhado dizendo que Renato era a favor de discutir questão de gênero nas escolas e até “kit gay”. "Isto me atrapalhou na campanha".

Otimista – Ao comentar a chegada de um novo governo federal, com mudanças de postura em diversas áreas, o procurador-geral do MP-MS, Paulo Passos, disse ontem que o órgão sempre vai ser ouvido nas grandes mudanças no Brasil. Mas pontou que neste momento é preciso dar credito aos eleitos e respeitar as prioridades dos novos gestores, como mudanças na segurança pública.

Conselho - O deputado Jose Carlos Barbosa reclamou que os colegas não podem apresentar projetos inconstitucionais apenas para jogar para plateia, porque estes podem ser derrubados na CCJR ou depois vetados. "Depois fica o desgaste na comissão porque votamos contra, mas rejeitamos a legalidade e não o mérito".

“Furo” – Acostumado a anunciar no Twitter suas decisões, a exemplo do que faz o presidente Donald Trump, dos EUA, o presidente eleito Jair Bolsonaro fez o comunicado sobre a indicação da deputada federal Tereza Cristina (DEM/MS) depois que uma aliada sua, Joice Hasselman, eleita por São Paulo, já havia contado a novidade na mesma rede social. Joice antecipou-se a Bolsonaro em 16 minutos.

Comentada – Antes mesmo da postagem da deputada, os jornais nacionais já haviam dado a informação e logo Tereza Cristina virou um dos assuntos mais comentados no Twitter. Uma boa parte dos comentários tratava do fato de ser a primeira mulher escolhida para o Ministério de Bolsonaro.

Previsão – A escolha de Tereza Cristina confirma a tendência de que Jaime Verruck, hoje responsável pela secretaria que cuida do setor produtivo em Mato Grosso do Sul, deixe o governo de Reinaldo Azambuja na próxima gestão. Ele é cotado para ocupar um cargo no Ministério, a convite dela.

(Com Leonardo Rocha)

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