'Bug no sistema' em cabide de emprego da Prefeitura
Cabides – A Prefeitura de Campo Grande está mirando em um possível cabide de empregos no Proinc, programa que dá um salário mínimo por até dois anos para 'desempregados'. O problema é que teve quem ganhou a ajuda durante os quatro anos da gestão anterior e, diga-se, havia até engenheiro diplomado com esta boquinha extra.
Delete – Exemplos como esses já renderam em torno de 200 desligamentos desde o início do ano. O estranho é que na virada do ano ocorreu um ‘bug no sistema’. "Apagaram tudo que tinha aqui. Tinha computador que parecia 'zero quilômetro'. Sumiram papel e documento", revelou um dos gestores do programa.
Precisa disso? – Policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar se incomodaram com a presença do Exército na operação que vasculhou o presídio em Campo Grande ontem. "Precisa deles para isso? Qual a necessidade disso tudo se nós é que vamos recolher tudo? Deveriam investir é no nosso batalhão que sempre faz todo o trabalho”, questionou um policial.
Servidores da educação – O Sisem (Sindicato dos Funcionários e Servidores Municipais de Campo Grande) está convocando para o dia 20 deste mês uma assembleia geral com os servidores administrativos da Educação e Ceinfs (Centros de Educação Infantil). A pauta: deliberação sobre movimento grevista em virtude da inadimplência do saldo referente ao Profuncionário, penduricalho pago com recurso federal.
Pontualidade – Prevista para começar às 9h, a sessão solene que marcou o início do ano legislativo na Câmara Municipal, ontem, foi aberta às 10h11 pelo presidente, João Rocha (PSDB). Um dos motivos foi o atraso do prefeito, Marquinhos Trad (PSD), que estava em um velório com o sobrinho, o vereador Otávio Trad (PTB).
Reunião – Ao chegar, o chefe do Executivo foi direto à sala da presidência onde estavam, além do presidente da casa de leis, a vice-governadora, Rose Modesto (PSDB), e o desembargador Divoncir Schreiner Maran, do Tribunal de Justiça Estadual. No fim, o discurso era um só, a união e harmonia entre os poderes.
Pintura – Enquanto o encontro acontecia, autoridades e público aguardavam no plenário. Os que esperavam nos corredores próximos aos gabinetes tinham que lidar com o cheiro forte de tinta, pois as paredes passam por pintura. Serão gastos cerca de R$ 350 mil em reformas e melhorias nas dependências da casa.
Disputada – Por estar de luto, Otávio Trad não esteve na sessão de abertura, mas foi anunciado como um dos membros da Comissão de Constituição e Justiça, única a ser definida até o momento. Ele é o principal cotado para ser o presidente, segundo um dos colegas do grupo.
Revendo vetos – O deputado Rinaldo Modesto (PSDB) disse que tentará articular com o governo uma reavaliação de dois vetos a projetos a apresentados pelos colegas Amarildo Cruz (PT) e Marcio Fernandes (PMDB). No primeiro caso, o petista quer exigir que as academias peçam atestado médico aos alunos em atividades físicas. Já o projeto do peemedebista proíbe a venda de refrigerantes em escolas de MS.
Análise jurídica – Nos dois casos, o governo vetou porque entende que estes assuntos não são competências do Legislativo, ou seja, são inconstitucionais na forma como foram propostos. "Retiramos de pauta para tentar buscar um acordo, mas os vetos foram em função de análise jurídica", detalha o tucano.
(com Alberto Dias, Leonardo Rocha, Luana Rodrigues, Yarima Mecchi e Richelieu de Carlo)