Cena de execuções tem crianças e até selfie
O que está acontecendo ? – Os casos de violência em Campo Grande nas últimas semanas estão produzindo cenas e comportamentos que impressionam. Na tarde desta quinta-feira, no local onde dois jovens foram executados, um dos policiais presentes reclamou de pessoas que tiraram selfies em meio ao tumulto das equipes de socorro e de investigação. “É muita falta de respeito”.
Curiosos sem idade – No meio das pessoas aglomeradas no local, havia todo tipo de gente, mas chamou atenção o número de crianças em meio a policiais e bombeiros. Elas tinham acesso até a resto dos cadáveres, que ficou espalhado no chão, mesmo depois da saída das equipes funerárias.
Clima de ódio – Em outro local de investigação criminal, onde ocorriam as buscas pelos restos morais do menino Kauan, desaparecido desde 25 de julho, também houve aglomeração. Achando que o suspeito do crime estava no local, os curiosos gritavam, pedindo que ele fosse vítima também de algum tipo de violência.
‘Conversê’ - Na região das ruas Guia Lopes e Brilhante, em Campo Grande, as obras de recapeamento chamam atenção pelo efetivo, mas não pelo trabalho exatamente. Comerciantes locais dizem que a rotina é sempre a mesma: grandes rodinhas de soldados papeando enquanto uns poucos fazem o serviço.
Conversando - O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou nesta quinta-feira, durante evento do Senai, que continua dialogando com os servidores estaduais, mas que não vai mudar a proposta de reajuste de 2,94%. Ele ponderou no entanto, que existe agora uma conversa com as algumas categorias, sobre benefícios e questões específicas de cada segmento.
Disputada – Azambuja também brincou com a deputada Tereza Cristina (PSB), afirmando que ela tem sido motivo de "cobiça de muitos partidos" neste momento. O tucano a elogiou a parlamentar, dizendo que ela teve "coragem" para votar a favor de projetos estruturantes, como a reforma trabalhista, que segundo ele, são importantes ao País.
Difícil - O prefeito Marquinhos Trad (PSD) desabafou sobre sua situação na gestão pública, durante lançamento da escola do Senai. "É muito mais difícil quando a receita mal dá para pagar a folha, sem poder de investimento, além de que chega o momento que é preciso dar reajuste e a sociedade espera ações e melhorias imediatas".
Contra o tempo - Marquinhos ponderou, ainda, que o gestor público tem apenas 4 anos de mandato, para conseguir fazer que a receita supere as despesas, mesmo não podendo como na iniciativa privada, demitir servidores (concursados), enquanto que ainda fica diante de um cenário econômico em que as receitas cada vez diminuem mais. "O gestor precisa que em um passe de mágica, por meio de uma varinha de condão, consiga agradar todos os segmentos".
Competição – Na disputa interna da Câmara para ver quem enviou mais solicitações de serviços à Prefeitura de Campo Grande, o vencedor foi o vereador Chiquinho Telles (PSD), líder do prefeito no Legislativo, segundo sua assessoria. Das quase 12 mil indicações apresentadas nos seis primeiros meses de trabalho, 917 foram do parlamentar.
Tem de tudo – Entre os pedidos está implantação de quebra-molas; patrolamento, cascalhamento e compactação das ruas; limpeza de campos de futebol; implantação de linhas de ônibus e, como não poderia deixar de faltar, um clássico campo-grandense: operação tapa-buracos.
(Colaboraram Leonardo Rocha e Richelieu de Carlo)