CPI dos Fantasmas, por enquanto, é só assombração
CPI é fantasma – A CPI dos Fantasmas, que surgiu durante a campanha eleitoral, até agora não foi instalada na Assembleia Legislativa. O entrave agora está entre o presidente da casa, Junior Mochi (PMDB), e o proponente da investigação, o prefeito eleito de Campo Grande e deputado estadual Marquinhos Trad (PSD).
Precisa mudar – Com base em parecer da Comissão de Constituição e Justiça da casa, Mochi diz esperar que o objeto seja mais específico e delimitado um período não tão amplo, como está no pedido original. "Se for para investigar 30 anos, muitos casos podem até estar prescritos, seria muito material para apurar em 120 dias", diz o peemedebista.
Mudar como? – Marquinhos está reticente em mexer no requerimento. "Como vou limitar a data? Se fizer uma investigação a partir dos anos 90 dirão que não vão me investigar. Porém, se esta ficar restrita de 86 a 90, vão dizer que a atual legislatura ficará de fora”, disse ontem.
Só ouvidos – O corregedor da Assembleia Legislativa, Maurício Picarelli (PMDB), continua ouvindo testemunhas sobre a apuração de quebra de decoro parlamentar de Paulo Corrêa (PR) e Felipe Orro (PSDB), no caso do grampo em que falam sobre suposta ‘dica de fraude’ no ponto de servidores. "Já ouvimos o Walter Carneiro, e o Sammer Abder Rahman Abdallah. Agora resta ouvir o pastor Jairo Fernandes, no dia 18 deste mês".
História bate – Tanto Walter Carneiro, como Sammer Abder estavam no gabinete de Zé Teixeira (DEM), quando o pastor Jairo Fernandes tentou vender a gravação para o deputado. "Eles contaram a mesma história do Zé Teixeira. Vamos continuar com os depoimentos, para que no final, possamos fazer nosso relatório sobre o caso", disse Picarelli.
Voto secreto – Marquinhos Trad disse que até o momento nenhum deputado o procurou para pedir apoio na eleição da mesa diretora, em que ele pretende votar, no dia 20 de dezembro. "Não tenho posição formada, mas vou seguir a decisão do Lídio Lopes (PEN)", disse o prefeito eleito. Lídio, por sua vez, disse que ainda não tem uma definição sobre o tema.
Em estudo – O presidente da Casa de Leis, o vereador João Rocha (PSDB), afirmou que a procuradoria da Câmara está fazendo a análise técnica da decisão da Justiça, de sexta-feira passada (11), que manteve Alcides Bernal (PP) na Prefeitura. Segundo ele, a decisão de que medidas serão tomadas devem sair até o fim da semana.
Sem politização – João Rocha afirmou que a decisão de afastar Bernal não foi política. “O que ocorreu foi com base em evidências e provas contundentes levantadas com a CPI do Calote referendadas pelo Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Controladoria Geral da União e Tribunal de Contas do Estado”, explicou o presidente da Câmara.
Reveja isto – Pivô do episódio conhecido como “buraco fantasma”, a Selco Enganheria tentou reverter decisão do Governo de Mato Grosso do Sul que a proibiu de contratar com o Executivo estadual. Mas, não teve sucesso.
Não revejo – O governo multou a empreiteira em R$ 470 mil por não cumprir todas as obrigações de um contrato para obras, além de impedi-la de participar de licitações com o Estado. A negativa em rever a decisão saiu no Diário Oficial de ontem.
(com Leonardo Rocha, Richelieu de Carlo e Mayara Bueno)