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Jogo Aberto

Domingo foi dia normal, como se não houvesse pandemia

Marta Ferreira e Lucia Morel | 20/04/2020 06:00
Homem faz oração com criança no colo, ambos desprotegidos, durante evento neste domingo na Avenida Afonso Pena. (Foto: Marcos Maluf)
Homem faz oração com criança no colo, ambos desprotegidos, durante evento neste domingo na Avenida Afonso Pena. (Foto: Marcos Maluf)

Nem aí 1 – Com manifestação pró-intervenção militar na Avenida Duque de Caxias e evento religioso que tomou os altos da Avenida Afonso Pena na tarde deste domingo (19) nem parecia que Campo Grande tem regras de controle da circulação de pessoas contra o avanço do novo coronavírus, responsável por duas mortes recentes na cidade.  Em ambos os movimentos, o que se viu foram cenas totalmente ao contrário das recomendações das autoridades de saúde em todo o mundo contra o avanço da pandemia de covid-19.

Nem aí 2 - Antes disso, de manhã, o Parque dos Poderes, pela segunda semana seguida, estava repleto de gente caminhando, correndo, andando de bicicleta. Imagens registradas por leitoress da coluna indicam que a maioria expressiva estava sem proteção alguma.

Todos perdem – A assessores próximos, o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), considerou toda a movimentação desnecessária. Sobre a convocação religiosa, a despeito das recomendações para que as pessoas continuem ficando em casa, avaliou que afronta não o prefeito, mas “a cidade”.

Silêncio – A manifestação na Afonso Pena não teve um “organizador” que se apresentasse. A coluna procurou pastores de igrejas tradicionais evangélicas, mas ninguém quis comentar. “Prefiro não expor minha opinião”, disse uma das lideranças.

Tranquilo – Mais um entre os médicos acometidos pela covid-19, o infectologista Rivaldo Venâncio da Cunha, professor da UFMS e diretor da Fundação Oswaldo Cruz, optou por tratar com simplicidade o fato. Disse que era esperado. “O vírus está muito disperso”, comentou à coluna. Aos 62 anos, ele passa bem.

 Elogio – A equipe do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, recebeu afago do secretário de Estado de Saúde, Geraldo Rezende, durante a divulgação diária dos números da pandemia de covid-19. “O HR tem sido modelo, no sentido de total envolvimento”, afirou Rezende. A unidade é a referência para o tratamento da doença no Estado.

 Festa adiada – Sem poder comemorar o Dia do Índio da maneira tradicional, a orientação é que os indígenas em Mato Grosso do Sul adiem a celebração para quando a pandemia do novo coronavírus terminar. Essa é a orientação da Funai (Fundação Nacional do Índio) bem como de lideranças.

Error – Vizinhos de agência bancária no banco Santander chegaram a ver fumaça do sistema antifurto do local e suspeitar de crime. Mas não era. O alarme disparou acidentalmente, segundo a coluna apurou.

Menos – Agora representante única de Mato Grosso do Sul no primeiro escalão do governo Bolsonaro, a ministra Tereza Cristina (DEM-MS), da Agricultura, vai interceder junto ao Chefe do Executivo para que ele tente frear seus seguidos mais radicais. Segundo a jornalista Eliane Cantanhede, do Estado de S.Paulo, Tereza Cristina tem sido alvo de haters e quer pedir um basta.

Eu existo - Como muita gente no fim de semana, o ex-prefeito Gilmar Olarte foi visto comprando frango assado no fim de semana na Avenida Brilhante. Antes de sair, cumprimentou um senhor e pediu: “não esqueça de mim”.

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