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Jogo Aberto

Falhas e favorecimento à TV marcam mega operação

Edivaldo Bitencourt | 11/07/2015 07:00

Circo – O Operação Lama Asfáltica, desencadeada pela Polícia Federal, Receita, CGU e MPF, transformou-se em um grande circo em Mato Grosso do Sul. Só um veículo de comunicação teve privilégio de saber com antecedência a ação dos agentes federais na Capital.

Teatro – Os responsáveis pela operação, que combate uma organização criminosa para fraudar licitações públicas, não divulgaram nenhuma informação durante a entrevista coletiva para fornecer dados da investigação. No entanto, poucas horas depois, a TV Morena divulgou detalhes da ação contra o empresário João Alberto Krampe Amorim, o ex-deputado Edson Giroto e companhia.

Exemplo – Só para ficar em um exemplo, a Polícia Federal foi questionada três vezes se alguém foi preso na Operação Lama Asfáltica. Assim como o apóstolo Pedro, o delegado negou três vezes. Mais tarde, só a emissora de televisão tinha a informação de que houve prisão e libertação com o pagamento de fiança.

Tenso – Agentes políticos e funcionários públicos tiveram um dia tenso na quinta-feira. A tensão não deve acabar tão cedo. O temor existe porque os órgãos federais envolvidos prometem novas fases da Operação Lama Asfáltica e até uma devassa nos contratos de obras pagas com dinheiro da União.

Da cama – O ex-prefeito Alcides Bernal (PP) negou as primeiras informações de que estava internado em um hospital da Capital. Nesta sexta-feira, ao confirmar os boatos, ele descartou problemas graves de saúde e, para não perder a oportunidade, comentou a mega operação contra a corrupção.

De volta – O ex-assessor do Ministério dos Transportes, Edson Giroto, volta a Campo Grande para acompanhar de perto a defesa na investigação da Polícia Federal. Ele nega qualquer irregularidade e destacou que só foi envolvido por causa da relação com João Amorim.

E agora – Sem o cargo no ministério e no furacão de uma mega operação da Polícia Federal, Giroto deve desistir de assumir o cargo de presidente regional do PR. Ele iria substituir o ex-deputado estadual Londres Machado. A candidatura a prefeito de Campo Grande também subiu no telhado

Bloqueado – O prefeito da Capital, Gilmar Olarte (PP), e o secretário de Infraestrutura, Valtemir Alves Brito, continuam com as contas bancárias e bens bloqueados pela Justiça. A decisão do Tribunal de Justiça foi publicada no Diário Oficial de quinta-feira.

Ninguém é de ferro – Como não são de ferro, os professores das escolas municipais decidiram tirar férias a partir deste fim de semana. Eles suspenderam a greve e vão aproveitar o período de 15 dias para “descansar”, apesar de estarem fora das salas de aula há 47 dias. Vão completar dois meses parados.

Cargos federais – A presidente Dilma Rousseff (PT) começa a nomear o restante dos ocupantes de cargos federais na próxima semana. Segundo o deputado federal Vander Loubet (PT), a lista, com o aval até do PMDB, já foi entregue na Casa Civil.

(colaboraram Lidiane Kober, Ricardo Campos Jr. e Aline dos Santos)

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