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Jogo Aberto

Faltou voo para empreiteiro que se desfez de aviões

Waldemar Gonçalves | 08/07/2016 06:00

Sem voo – Ironicamente, o empresário João Amorim só não foi preso ontem, na Operação Aviões de Lama, porque não teria conseguido voo comercial para retornar de São Paulo, onde estava, para Campo Grande. Ele é considerado foragido da Justiça, mas até o fechamento desta coluna havia expectativa de que se apresentasse a qualquer momento à Polícia Federal. A investigação apreendeu dois aviões que ele, juntamente com Edson Giroto e Flávio Schrocchio, teria vendido para lavar dinheiro de propina.

Nunca visto – Sob discretas risadas, vereadores mantiveram veto do prefeito sobre a desalienação das áreas destinadas a famílias retiradas da favela Cidade de Deus. Antes da votação, o presidente da Câmara Municipal, João Rocha (PSDB), explicou que o Executivo enviou novo projeto corrigindo erros do anterior. E disse: "esse é o nível de conhecimento de quem está à frente da pasta". Para o tucano, não existe prova maior de "incompetência, despreparo e inoperância".

Munição – É claro que o assunto motivou polêmicas declarações. "Estou na Câmara há 20 anos e nunca vi um prefeito vetar o próprio projeto", disse Magali Picarelli (PSDB), endossada pelo vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB). Já Ayrton Araújo (PT) pediu que a casa não deixasse o fato passar em branco, "pois isso também é motivo para cassação".

Santa aventura – O cantor Tico Santa Cruz, que participou quarta-feira (6) à noite da Feira Literária de Bonito, contou no Facebook a aventura vivida para chegar até a cidade. O carro alugado em que estava, disse, estragou no meio da estrada, o obrigando a pedir carona para chegar até o município turístico.

Motorista está bem – No post, Tico enfatiza a falha locadora de veículos, que, segundo ele, os colocou em um automóvel sem água no radiador. O motorista que estava com ele ficou na estrada até ser socorrido por um táxi, horas depois. O cantor, novamente pelo Facebook, fez questão de dizer que João Paulo, o condutor, estava bem e havia retornado a Campo Grande em segurança.

Vice de Bernal – "Se me chamar eu vou", declarou a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) sobre a possibilidade de ser candidata a vice-prefeita de Campo Grande, ao lado de Alcides Bernal (PP). A vereadora se disse satisfeita em ser cogitada por seu partido, caso se concretize uma forte aliança majoritária. Por enquanto, Athayde Nery é o pré-candidato da legenda.

Relembrando o passado – Ironicamente, um vídeo do ex-secretário municipal de Governo, Paulo Pedra, criticando Bernal em 2013, na Câmara Municipal, tomou conta dos auto-falantes da casa instantes antes do fim da sessão. "Se for preciso convocar o prefeito nós faremos, pois ele (Bernal) não é maior que o Poder Legislativo. Ou ele administra bem a cidade, com harmonia com o Legislativo, ou daremos um pito nele", declarou Pedra à época, na tribuna.

Impacto da lama – Deputados estaduais do PMDB divergem sobre o impacto da nova fase da Operação Lama Asfáltica, a Aviões de Lama, na decisão do ex-governador André Puccinelli sobre sua eventual candidatura a prefeito. "Pode influenciar, porque o (Edson) Giroto fazia parte do governo", disse Eduardo Rocha. Já Marcio Fernandes tem opinião contrária. "São duas pessoas diferentes, não há nada contra o André, o que vai definir é a consulta com a família".

Meu irmão comigo – O deputado Marcos Trad (PSD) espera que, ao fim das articulações políticas, o PTB possa fechar aliança em torno de sua candidatura. "Gostaria de ter o meu irmão ao meu lado", disse ele, se referindo ao ex-prefeito Nelson Trad Filho (PTB). Entretanto, adiantou que até o momento não houve acerto.

Repúdio adiado – Moção de repúdio contra o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), Roberto Botareli, que protestou contra autora do pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT), seria votada na sessão de ontem da Assembleia Legislativa, mas a autora da proposta, deputada Mara Caseiro (PSDB), pediu a retirada da pauta. "Resolvi deixar para semana que vem, quando estarão todos os deputados e o presidente da casa (Junior Mochi) presentes", justificou.

(com Alberto Dias e Leonardo Rocha)

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