Alvos de ofensiva contra o tráfico já foram presos com R$ 1,1 mi em cocaína
Ao todo, nove pessoas foram presas em ação contra o tráfico de drogas em MS
Wilson Alves Bonfim, de 47 anos, e Vitor Gabriel Falcão Pinto, de 22, presos nesta quarta-feira (15) durante a Operação Snow - uma ofensiva das autoridades de Mato Grosso do Sul contra o tráfico de drogas - já foram flagrados com mais de R$ 1,1 milhão em cocaína, em caso registrado no dia 11 de dezembro de 2023.
A Operação Snow foi deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) - órgão do Ministério Publico de MS - na manhã desta quarta-feira (15) e levou à prisão nove pessoas, todas com envolvimento com o tráfico. Servidores públicos, inclusive um policial civil, faziam parte do esquema.
Entre os presos estão Wilson e Vitor Gabriel. A participação deles no grupo criminoso não foi divulgada pela polícia, mas os dois já tem envolvimento antigo com o tráfico de drogas. No dia 11 de dezembro de 2023 acabaram presos com carregamento milionário de cocaína, fato que pode estar ligado a investigação do Gaeco.
176 quilos - A reportagem apurou que os dois já estavam sendo monitorados por equipes da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) e PRF (Polícia Rodoviária Federal). Na BR-262, saída para Terenos, ainda no trecho de Campo Grande, foram interceptados em uma caminhonete Amarok.
Wilson e Vitor usavam uniformes de uma empresa de energia de Ponta Porã para tentar ludibriar a polícia. Contudo, diante dos questionamentos dos agentes de segurança, eles ficaram nervosos e levantaram suspeita. Foi feita vistoria no veículo e em um fundo falso, foram encontrados 164 tabletes de cocaína, que totalizaram 176,8 quilos. Vendida nos grandes centros, o valor da droga pode chegar a R$ 1,1 milhão.
Outros presos - Além de Wilson e Vitor, outras sete pessoas foram presas durante a operação desta quinta. Emerson Correa Monteiro, de 38 anos, foi encontrado na residência onde mora, no condomínio Alphavile, região do Bairro Parque Novos Estados, em Campo Grande. Ele já é réu pelo assassinato de Wellyngton Luiz de Jesus Reynaldo Felipe.
Com Emerson, a polícia encontrou duas armas de fogo – um revólver calibre 38 e uma pistola 9 milímetros - três comprimidos de ecstasy e mais 3,20 gramas de MDMA, anfetamina que causa efeitos estimulantes e alucinógenos.
Michael Guimarães de Bairros - Foi localizado em sobrado na Rua Cachoeira do Campo, Portal Caiobá, na Capital. Além da ordem de prisão pela operação, ele acabou flagrado com uma arma irregular, um revólver calibre 38, e responderá pelo crime.
Jessika Farias da Silva - Foi encontrada na casa onde mora, no Bairro Rancho Alegre, em Campo Grande. Ela é esposa do empresário Rodney Gonçalves Medina, preso na primeira fase da ação.
Diego Fernandes Silva - Ele já havia sido alvo do Gaeco na Operação Traquetos, em agosto de 2023. Na ocasião, foi apontado como responsável por receber o dinheiro e comprar as drogas para um pecuarista de Mato Grosso do Sul.
Operação Snow - Conforme investigação, o líder da quadrilha, sem nome divulgado, utilizava advogados para aliciar servidores públicos, inclusive um policial civil, que passava informações sobre eventuais ações das forças de segurança contra o grupo.
Dessa forma, os investigados tinham acesso às informações privilegiadas e conseguiam monitorar as cargas de drogas, além de instruírem conselheiros quanto aos assuntos sensíveis e pertinentes à organização.
Em algumas ocasiões, o grupo agia de forma violenta para resolver pendências que envolvessem os próprios integrantes, principalmente quando se tratava de perdas de cargas de drogas. Nessas situações, o “problema” era resolvido através de sequestros e execuções daqueles que cometiam o erro.
Para conseguir transportar a cocaína, eram utilizadas empresas de transporte, sendo algumas delas terceirizadas dos Correios. No decorrer da investigação, foram apreendidas mais de duas toneladas do entorpecente. Além dos nomes citados pela reportagem, também foram alvos: Felipe Henrique Adolfo, Lucas Ribeiro da Silva, Rodrigo de Carvalho Ribas.
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