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Capital

Após denúncia de ameaça, polícia acha pistola na casa de preso em operação

Ademar Almeida Ribas está no Presídio de Segurança Máxima e estaria ameaçando ex-esposa por telefone

Por Ana Paula Chuva | 07/08/2024 16:06
Fachada da Depac Cepol onde porte ilegal de arma foi registrado (Foto: Paulo Francis)
Fachada da Depac Cepol onde porte ilegal de arma foi registrado (Foto: Paulo Francis)

Preso na operação Snow, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em março deste ano, Ademar Almeida Ribas foi denunciado por estar ameaçando a ex-mulher. A vítima procurou a Polícia Civil na terça-feira (6) e ainda relatou que uma pistola estaria escondida no telhado da casa.

De acordo com o boletim de ocorrência, Ademar entrou em contato com a ex-esposa via telefone, de dentro da Penitenciária de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, para pedir dinheiro. A mulher negou e então passou a ser ameaçada pelo homem que ainda ordenou que ela não se envolvesse com outra pessoa porque “iria sofrer as consequências”.

À polícia ela contou ainda que o ex-marido afirmou que havia uma pistola escondida no telhado da casa. Equipe foi ao local e a arma foi encontrada em um compartimento perto da caixa d’água na residência junto com um carregador e mais 20 munições intactas. Na terça-feira (6), a mulher procurou a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) para registrar as ameaças.

Ainda segundo o registro policial, a arma apreendida nesta quarta-feira não tem nenhuma relação com as ameaças que a mulher vem sofrendo, por isso, o caso de porte ilegal foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol e o caso é investigado.

"Frete seguro"– A operação foi deflagrada no dia 26 de março deste ano e tinha como alvos pessoas envolvidas em esquema de tráfico de cocaína em larga escala entre Ponta Porã e Campo Grande, cidade de onde a droga era enviada para o restante do país. Na ocasião foram cumpridas 54 ordens judiciais entre mandados de prisões e de busca e apreensão.

Além de Ademar foram presos policiais civis, traficante e empresários. A organização criminosa era altamente estrutura, segundo a investigação do Gaeco com uma rede sofisticada de distribuição da droga que contava com servidores para fazer o transporte "seguro" da cocaína da cidade fronteiriça até a Capital.

Ademar foi apontado com um dos motoristas da organização, no entanto, a defesa alegou no pedido de liberdade que ele foi surpreendido e não sabia porque estava sendo preso.  “No momento da prisão sequer tinha conhecimento dos fatos imputados, e quando surpreendido pela presença ostensiva dos policiais, no interior de sua residência, não foi informado acerca das acusações, de modo que, alega ter tido conhecimento dos fatos, somente posterior acesso aos autos pela defesa técnica”, pontua o documento.

Policiais civis Anderson e Hugo faziam o frete da cocaína até Campo Grande (Foto: Reprodução)
Policiais civis Anderson e Hugo faziam o frete da cocaína até Campo Grande (Foto: Reprodução)

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