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Jogo Aberto

Funai tenta explicar omissão na morte do "indiozinho"

Waldemar Gonçalves | 26/02/2016 06:00
Foto postada por Aloisio após partida em que marcou primeiro gol pelo Comercial. (Foto: Reprodução / Instagram)
Foto postada por Aloisio após partida em que marcou primeiro gol pelo Comercial. (Foto: Reprodução / Instagram)

Tarde demais – Como se não bastasse a tragédia social que resulta no conflito entre índios e fazendeiros, além das peculiaridades culturais e até o preconceito, o caso do “indiozinho” Edemar, de 4 anos, reflete a falência, ineficácia e inoperância da Funai (Fundação Nacional do Índio), órgão que, em tese, deveria não ter medido esforços para evitar a morte do garoto. Alheia à história desde sempre, ontem, após o menino ter morrido, enfim a fundação resolveu se manifestar.

Tentando explicar – Em nota enviada à redação, já na tarde de ontem, a Funai tenta explicar que o atendimento a Edemar não era sua atribuição. Alega que a cirurgia só foi feita porque convenceu o guardião legal da criança, um tio dela, a autorizá-la e chegou a estudar intervenção judicial em favor do menino.

O inexplicável – Detalhe: Edemar ficou mais de um ano morando em hospitais e, tão logo soube da situação dele, ainda em janeiro, o Campo Grande News acionou a Funai para que se manifestasse. A informação, à época, inclusive noticiada, foi de que o órgão sequer sabia do caso do menino.

Só por Deus I – Ter um administrador muito ligado à religião pode ter destas coisas. Em Goiandira, sudoeste de Goiás, o prefeito Rick Marcus baixou decreto instituindo o no mínimo curioso Dia de Jejum Municipal como uma das ações de combate à dengue. O objetivo é “clamar a Deus por livramento e misericórdia” diante do avanço da doença no município. “Estamos enfrentando uma batalha contra a dengue e todas as armas são válidas. Ação, oração, fé, tudo é válido”, disse ele, por meio de nota.

Só por Deus II – Em Campo Grande, a cidade viveu dias de polêmica quando, em 2014, a cantora Rita Ribeiro foi proibida de apresentar sua Tecnomacumba na extinta Quinta Gospel, evento cultural voltado ao público religioso bancado pela Prefeitura. À época, o município era administrado por Gilmar Olarte, que é pastor evangélico.

Viagem – Após pedir licença do Senado para cuidar da saúde, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) requisitou ao STF (Supremo Tribunal Federal) permissão para viajar a São Paulo (SP), onde deverá passar por exames médicos. O parlamentar já comentou que os dias de cuidados com a saúde são necessários para “zerar o jogo” antes de voltar ao parlamento.

Com carinho – Aloisio Chulapa, veterano artilheiro de destaque em clubes como o São Paulo, ficou feliz ao desencantar e marcar seu primeiro gol no Sul-mato-grossense de Futebol, que disputa pelo Comercial, em partida contra o Misto, na quarta-feira. Tanto que, no Instagram, postou foto ao lado de dois guardas municipais, tirada logo após a partida: “Depois da vitória o carinho dos torcedores foi assim”, escreveu no post.

Abaixo-assinado – A exoneração de diretores de unidades educacionais, pelo prefeito Alcides Bernal (PP), continua dando o que falar. Há casos de pais que fizeram abaixo-assinado pedindo para a Prefeitura revogar a decisão, como no caso da Escola Municipal Professor José de Souza, no Oliveira III. Segundo eles, o bom desempenho do estabelecimento em índices de avaliação contraria o argumento de que a mudança na direção seguiu critérios técnicos.

Tudo está parado – Desde que Bernal retornou à prefeitura não são realizadas reuniões do Codecon (Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico) que, como o próprio nome diz, trata de concessões de vantagens públicas a investimentos privados na cidade. Nem mesmo a posse dos novos membros aconteceu. E ainda teria confusão sobre datas: metade dos atuais conselheiros foi informada que a reunião aconteceria ontem, outra metade na segunda-feira (29).

PRB em Dourados – O PRB prepara um “grande evento político” para o dia 10 de março, em Dourados, para lançar a pré-candidatura do vereador Marcelo Mourão a prefeito da segunda maior cidade de MS. Mourão saiu do PSD nesta semana, na janela partidária, e assina ficha no PRB no mesmo dia do lançamento. O partido é controlado por pastores evangélicos em Mato Grosso do Sul.

(com a redação)

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