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Jogo Aberto

Líder do PCC “sobrou” em presídio

Anahi Zurutuza | 24/04/2018 06:00

Desarticulação? – Na semana passada, a transferência de seis lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital) da PED (Penitenciária Estadual de Dourados) provocou princípio de motim em quatro unidades penais de Mato Grosso do Sul, mostrando que a facção age de forma articulada.

Sobrou – Na PED, entretanto, sobrou o Tio Arantes, líder do PCC conhecido por ter comandado a rebelião no Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, o presídio de segurança máxima de Campo Grande, em 2006. Ele foi preso em outubro do ano passado, suspeito de envolvimento com a explosão de caixas eletrônicos.

Motivacional – A uma plateia de servidores, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) dizia que muita gente quer ganhar a medalha de ouro, mas poucos se dispõem a se empenhar o ano todo para conseguir o mérito. O discurso com tom motivacional tinha o objetivo de falar para os funcionários públicos que eles têm de se esforçar para sempre melhorar o atendimento ao público, mesmo que este “público” seja difícil.

Filósofo - Para dar exemplos sobre o comportamento humano, o prefeito disse que as pessoas são mesmo complicadas. “Eu por exemplo não me entendo até hoje”, disse em tom de brincadeira.

Tudo muda – Marquinhos ainda elencou as “mudanças” pelas quais já passou na vida, como “cabelo, time de futebol, esposa, religião”. “Nada adiantou” e “o ser humano é muito complicado” foram as frases que completaram o raciocínio sobre a dificuldade de entender a si mesmo.

Reação online – Mal a revista Veja chegou às bancas no último fim de semana trazendo reportagem acusando o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ) de se valer de robôs e perfis falsos para impulsionar sua pré-campanha para o correligionário Coronel David defender o líder. Via Twitter, ele usou a própria acusação para chamar apoiadores de Bolsonaro a contestarem a reportagem.

Eu, robô – “As redes sociais vão desmascarar as mentiras”, argumentou David, chamando a si e outros “apoiadores de Bolsonaro” de robôs, perfis falsos e de “inteligência artificial” e, por fim, assinando a postagem como “Coronel Robô David”.

Reeleição necessária – O deputado federal de Mato Grosso do Sul, Vander Loubet (PT), entrou na lista organizada pela BBC Brasil, de políticos investigados pela Operação Lava Jato, que podem perder o foro privilegiado, se não forem reeleitos neste ano. Neste grupo aparecem 48 pessoas, tendo o presidente Michel Temer (MDB), três governadores, dez senadores e 34 deputados federais.

Denúncia – Vander Loubet foi denunciado ao STF (Supremo Tribunal Federal) em janeiro de 2016, se tornando réu em março do ano passado, por ser suspeito de receber entre 2012 e 2014, cerca de R$ 1,028 milhão pagos em 11 parcelas pelo doleiro Alberto Youssef, pela empresa BR Distribuidora, que tinha contratos com a Petrobras. Este esquema de corrupção teria inclusive a participação de parentes.

Ele nega – Por meio da assessoria, Vander disse ao jornal que independente do que acontecer, reitera que as acusações relacionadas às delações da Lava Jato não procedem, são inverídicas. Ele reforça que os recursos recebidos pelas suas campanhas sempre foram contabilizados como determina a legislação eleitoral; que as prestações de contas sempre foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.

(Com Geisy Garnes, Mayara Bueno, Humberto Marques e Leonardo Rocha)

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