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Marcha para Jesus vira marcha da discórdia

Idaicy Solano e Caroline Maldonado | 28/08/2023 06:00
Público e ao fundo a estrutura montada para a marcha cristã no último sábado. (Foto: Marcos Maluf)
Público e ao fundo a estrutura montada para a marcha cristã no último sábado. (Foto: Marcos Maluf)

Marcha da discórdia - “Nada contra a tal marcha -  Que de Jesus não tem nada”. A afirmação abre uma série de reclamações postadas sobre o diferente investimento feito para cristãos em comparação com o público LGBTQIA+. O protesto que rodou as redes sociais e Whatsapp no fim de semana foi sobre a diferença fenomenal em comparação com a Parada da Cidadania, antes chamada de Parada Gay. “Busquem ver a megaestrutura e a quantidade de trios elétricos. Fora a quantidade de bandas que elevam os gastos públicos. Porém, quando é para nossa parada é sempre um ‘parto’ para conseguir um trio, uma estrutura de som descente e banda então... nem pensar”, diz mensagem enviada em lista de transmissão de uma das organizadoras do outro evento em questão, Cris Stefanny.

À míngua - E até a Agetran entrou no alvo. Primeiro veio o assopra dizendo que a Agência,  “que sempre cumpriu com sua função”, em 2023 deixou a Parada da Diversidade à míngua, “sem batedouros durante o percurso, vendo a hora de acontecer um acidente". O mesmo, segundo a organizadora da Parada da Cidadania, ocorreu na comparação com a preocupação com a saúde. “Tem mais, as viaturas do SAMU nem sequer apareceram. Espero que desta vez vão na marcha, afinal todos merecem segurança, mas que respeitem e tratem todos os públicos e eventos com o mesmo respeito e seriedade”.

Nada decidido - A atual titular da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste), Rose Modesto, que ficou em 3º lugar na disputa do primeiro turno ao Governo do Estado em 2022, ainda não sabe se vai encarar a briga como candidata a prefeita de Campo Grande, nas eleições de 2023, mas vive por aqui, inclusive, para cortar o cabelo com mesma profissional que a atende há décadas, disse em postagem nas redes sociais.

Sempre disponível - Na Capital, durante a Marcha Para Jesus 2023, Rose disse que essa será uma decisão do seu partido, o União Brasil, junto aos partidos aliados. “O meu nome sempre estará à disposição, desde que não seja um projeto meu, isolado”, destacou. Se o partido terá candidatura própria ou se vai apoiar alguém é uma decisão que só virá a partir de fevereiro de 2024.

Uso doméstico - Já não é novidade nenhuma, mas às vezes a diferença é tão descarada que fica difícil encontrar justificativa plausível. Jornal O Estado de São Paulo fez levantamento comprovando que ministros mandam até metade do dinheiro para seus próprios Estados e em tempo recorde.

285 vezes menos - Um dos exemplos mexe na conta de Mato Grosso do Sul, que recebeu 285 vezes “menos” que o vizinho Mato Grosso. Segundo os números apresentados pelo jornal. Em menos de um mês, o Ministério da Agricultura conseguiu liberar R$ 5,3 milhões para a manutenção de estradas de terra em Canarana (MT), base eleitoral do ministro Carlos Fávaro (PSD).

Primo rico, primo pobre – Para ver a disparidade, dos R$ 277,5 milhões liberados pelo Ministério este ano, R$ 135 milhões caíram no caixa de Mato Grosso. Enquanto isso, o “primo desfavorecido”, apesar de também ser considerado terra do agro, ganhou uma migalha. Para Mato Grosso do Sul ficaram apenas R$ 473 mil.

Na última hora - A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, avisou que não participará da “caravana de ministros” que estará nesta segunda-feira em Mato Grosso do Sul, para lançamento de projetos. Ela terá compromisso em São Paulo. Mas mandou recado aos colegas de outras pastas. Em nota, disse que “deseja uma ótima agenda para os ministros que estarão em Campo Grande nesta segunda-feira (28), para eventos relativos ao Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania)”.

Fora garrancho - A gente pensa que já tem data para tudo até que surge uma nova em Mato Grosso do Sul, que agora tem o Dia Estadual em Defesa da Prescrição Legível. A Assembleia Legislativa aprovou projeto do deputado Paulo Correa e ainda vai dar para festejar em 2023, porque o dia oficial foi fixado em 20 de setembro. A justificativa é incentivar os médicos com caligrafia que todo mundo entende e não aqueles garranchos tradicionais.

Famosa por aí - Bem, pelo menos o Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul achou a ideia ótima. Mas em outros estados, como Roraima, já existe desde 2017. No Paraná, foi aprovada em 2022 e a onda começou a passar de Legislativo a Legislativo pelo Brasil.

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