Segurança tem plano contra atritos no dia 7
Precaução – As forças de segurança estaduais estão finalizando o plano para garantir que o eleitor vote em paz no próximo dia 7 de outubro. Como ocorre em todas as votações, todo o efetivo estará envolvido. A previsão é que plano será divulgado na próxima quinta-feira, 4 de outubro.
Preocupação extra- Com mais de 1, 8 milhão de eleitores para votar, parte em regiões de difícil acesso, a operação eleição já é trabalhosa em anos “normais”. Neste existe um componente a mais, que é o clima acirrado em relação à disputa para presidente, que está impondo cuidado extra às autoridades do setor, como apurou a coluna.
Cautela – Uma das preocupações, compartilhada por mesários que vão atuar na votação, como a coluna já mostrou, é em relação a atritos entre os grupos que polarizam a disputa. Nesse sentido, a orientação é a mesma: que as pessoas evitem provocações, que podem vir até de uma simples camiseta identificando apoio a esse ou aquele candidato.
Números - Dos 541 candidatos registrados para as eleições em Mato Grosso do Sul, 33 já saíram da disputa. A maior parte deles, 20, ou 60% simplesmente pediram renúncia da disputa. Outros 13 tiveram a candidatura indeferida.
Paz e amor - Depois de debates mais acirrados entre os candidatos, Marcelo Bluma (PV) chegou alegre e puxou conversa com Junior Mochi (MDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB), durante sabatina na OAB-MS, nesta sexta-feira. O clima estava tranquilo entre os adversários, que preferiram manter tom mais ameno para apresentar as propostas aos advogados.
Por último – O candidato do PDT, o juiz Odilon de Oliveira, chegou atrasado ao evento. Diante disso, teve uma explicação rápida, do presidente da OAB, sobre as regras da sabatina. O combinado é de não houvessem ofensas e acusações aos demais adversários, já que o modelo do evento não era de debate.
Processo legal - O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) fez questão de dizer na sabatina aos advogados, que é preciso dar "ampla defesa e direito ao contraditório" para todos os cidadãos. "Não é um picareta que fraudou o Brasil, que vai manchar minha história de vida pública", disse em relação às afirmações feitas na delação da JBS.
“Deu certo”- Como exemplo de providência para evitar casos de corrupção ou questionamentos, o candidato do MDB ao governo Junior Mochi (MDB), lembrou do primeiro concurso da Assembleia. "Já quando foi montada a comissão do concurso, pedi a participação de um integrante do MPE e outro da OAB-MS, para que acompanhassem todas as ações. Foi um processo com lisura, sem qualquer denúncia".
Vizinhos - Investigado por suspeita de irregularidades durante sua gestão à frente do Banco Cidadão, instituição pública de microcredito, o candidato a deputado federal Wilton Acosta mora literalmente do lado do órgão que tem desenvolvido as principais operações contra a corrupção no Estado, o Gaeco. Para chegar ao condomínio onde ele vive, é só virar uma rua.
Pulando etapas - Na nota que enviou à imprensa para se defender, o próprio Wilton errou a cargo está concorrendo nas eleições deste ano. O texto fala em Senado, mas ele disputa uma vaga de deputado federal.
(Com Leonardo Rocha e Humberto Marques)