Ainda sem projeto, vida nova à Rotunda, se começar, será a partir de 2020
Patrimônio histórico ganhou selo +Turismo, que possibilita empréstimo para as obras que há décadas são apenas promessa em Campo Grande.
Alvo de abandono e de diversas iniciativas de ocupação e revitalizações, a Rotunda pode finalmente ser repaginada depois de gahar o selo Prodetur+Turismo, programa do Ministério do Turismo. Mas a pesar de muita conversa em torno do patrimônio histórico, ainda não há projeto aprovado, tão pouco a perspectiva de valores para a recuperação do lugar. De acordo com a titular da Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo), Nilde Brum, a Prefeitura a expectativa é de que apenas em 2020 a captação de recursos seja iniciada.
Uma proposta de ocupação é elaborada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em Mato Grosso do Sul e deve ser entregue até fevereiro, para ser executada pela Prefeitura, através da Sectur. Segundo André Vilela Pereira, arquiteto do Instituto, o projeto está em fase de finalização.
Não é a primeira vez que o local recebe propostas de utilização. Em 2017, o próprio Iphan assinou contrato de R$ 78 mil para elaboração de projeto executivo. Mas apesar disso, a mudança sempre fica só na intenção. “Sempre tem alguém que faz proposta de projeto ou instituição que pleiteia com a Prefeitura para utilizar o espaço”, comenta André.
Segundo Nilde Brum, o selo recebido traz para mais perto a possibilidade do projeto virar realidade. “O selo é um procedimento necessário para solicitar empréstimo, via Prodetur. Além de buscar emendas, provavelmente vamos buscar empréstimos e o Prodetur é uma possibilidade e o selo representa sim a garantia do empréstimo neste caso”.
Como o projeto ainda não está finalizado, não há planilhas orçamentárias e assim também não há projeção de valores de investimentos. A Sectur não informou a porcentagem que a Prefeitura precisa dispor de contrapartida para conseguir os recursos que vão advir do BID (Banco Internacional de Desenvolvimento).
Propostas - “Nossa intenção é dar mais visibilidade para ele”, comenta Nilde. Sempre que a revitalização volta à pauta, é defendida a utilização para um centro cultural e gastronômico, com restaurantes, lanchonetes e espaço para atividades culturais. Segundo a secretária, deve ser também o novo lar do Arca (Arquivo Histórico de Campo Grande). “A expectativa é estar com todos os projetos para começar a captar recursos em 2020”, acrescenta. Não há previsão para o início das obras.
Nilde adiantou também que a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) faz parte dos trabalhos, porque hoje o lugar é ocupado por muitos moradores de rua. “A revitalização é um dos trabalhos que será feito lá. A SAS também está acompanhando. Está fazendo credenciamento das famílias que estão lá para conhecer a situação de cada um e o grau de vulnerabilidade, bem como para informar a Emha das necessidades”, descreve.