Bernardina fez casa virar recanto colorido e cheio de vida no Canguru
No Bairro Jardim Canguru, lar da professora chama atenção pelo cuidado, capricho e jardim
No Bairro Jardim Canguru, a casa de Bernardina Paes de Souza de Oliveira, de 47 anos, se destaca pelo charme e o jardim cultivado com muito cuidado há 15 anos. Durante o tratamento de câncer, o cuidado com as plantas foi como uma terapia para mulher que esbanja sorrisos.
Essa alegria reflete na casa amarela que começou a ser construída aos poucos. “Eram duas peças, duas janelinhas com a porta do ladinho”, conta. Hoje, o lar ganhou mais cinco peças, decoração composta por paletes, berrante, telhas coloridas, fonte, anjos, borboletas penduradas na parede e incontáveis vasos de plantas.
Na última década, Bernardina mudou a estética do lar mais de uma vez. “Em torno de 1 ano e 6 meses a gente fez a primeira reforma e o restante a gente foi colocando com o tempo, mas a gente já passou por vários processos de mudança. Ali do lado tinha grama, mas tive que colocar pedra”, comenta.
Cactos, suculentas, icsória, orquídeas, espada de São Jorge, salvia greggii, folha da fortuna, bananeira de jardim, flor de deserto são algumas das plantas que estão espalhadas em cada canto da residência.
“Aqui pensei na trepadeira, porque estava sempre com lodo e você pinta e vem o lodo. Então deixei ela tomar conta”, diz a professora apontando para a churrasqueira.
Quando pensou no que queria trazer para o lar, Bernardina relata que procurava algo aconchegante. ‘Eu sempre olho muita coisa pela internet, queria uma casa com ar de interior, aconchegante, que você chega e parece que tá numa chácara. Pensei numa coisa mais nesse estilo”, afirma.
No muro um detalhe curioso chama a atenção. Escondida entre o verde a estrutura de cimento tem buracos que dão para a casa ao lado da professora.
“Logo quando mudei por questão da violência do bairro, a vizinha falou pra deixar pra eu olhar em casa e ela olhar na minha. Ela falou: ‘Qualquer coisa a gente vai se comunicando assim”, explica.
Diagnóstico - Em 2021, Bernardina recebeu o diagnóstico de câncer de mama. Ela conta sobre como descobriu a doença através de uma picada de inseto.
“Eu tenho um cantinho lá em Camisão, é como se fosse sete terrenos, fui lá passar o feriado, fui fazer uma limpeza. Veio um marimbondo, me picou bem na região onde estava o nódulo e eu sou alérgica”, diz.
Na região onde o mosquito picou, Bernardina percebeu que uma parte estava ‘durinha’ e decidiu fazer exames. “Nos exames apareceu, foi tudo muito rápido. Agradeço a picada do marimbondo”, ri.
Após cinco meses de quimioterapia, ela garante estar bem. “Fiz cirurgia, a rádio e agora estou na quimioterapia oral que é o comprimido. É a última fase graças a Deus”, celebra.
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