Capitonê e botonê trazem sofisticação do encosto da poltrona à cabeceira da cama
Um giro por blogs de decoração e arquitetura e a gente se depara com um estofamento que dá sofisticação e elegância ao ambiente. Na versão capitonê ou botonê, o uso em encostos de cadeiras, poltronas, pufes, sofás e cabeceiras de cama traz um toque retrô do estilo que marcou os anos 50 e 60.
As duas técnicas são consideradas clássicas, nunca caem de moda e possuem diferenças entre si. O capitonê, segundo histórico, vem de origem inglesa, como forma de agregar valor aos trabalhos manuais. Na prática, o acolchoado é dividido por pontos feitos com cordões ou fios grossos, que formam quadrados ou retângulos. O formato depende da distância entre os cordões.
O estofamento leva espuma e é revestido em couro ou tecido com afundamento de alguns pontos. No caso do capitonê, o trabalho deve cobrir toda a superfície e pode ser marcado por dobras ou franzidos nos revestimentos.
O botonê já é uma técnica mais simples, onde os botões são apenas fixados sobre o revestimento e quando há o afundamento, ele é mais superficial e não precisa também ser aplicado em toda peça. Pode inclusive ser usado como detalhes no centro do encosto da cadeira, por exemplo. No fim, o que diferencia um de outro é o botão em cada afundamento.
Como usar? Aplicados em tecidos como camurças, vinílicos, veludos e couros de móveis como sofás, cabeceiras de cama e poltronas, as duas técnicas podem ser aplicadas em pufes, cadeiras, paineis, almofadas e cabeceiras. Os estofamentos ainda têm a vantagem de serem livres para entrar em qualquer estilo de decoração e acabam se tornando estrelas nos ambientes.
Onde fazer? Em Campo Grande, o Lado B deu uma ligada em algumas tapeçarias da cidade e descobriu que não tem muito segredo não. A maioria delas trabalha com o tipo de estofamento, no entanto, somente sob encomenda e com um prazo de 7 até 15 dias para a entrega.
A primeira pergunta que vão nos fazer do outro lado da linha, na hora de simular um orçamento é que os valores e o prazo depende do móvel. Os campo-grandenses tem preferido usar a técnica em pufes e encostos de poltronas. Os sofás, um exemplo clássico como o Chesterfield ainda são pedidos, mas em escala bem menor.
Tapeceiro e proprietário da Ambiente Interior, Jaime da Silva, de 57 anos, explica que os tecidos usados na técnica são mais da linha sintética, veludo italiano, courino e couro.
“O capitonê ele depende da sala da pessoa, do gosto, mais geralmente é usado em detalhes no encosto. O que mais sai hoje é o botonê, que não tem a costura, só o botão”, comenta.
Média de preços - Para um puff de 60x60, por exemplo, o preço pode começar em R$ 140, no botonê. Em encostos de cadeira e poltronas, o valor pode começar em R$ 180. Já a cabeceira da cama, claro que também vai variar de acordo com o tamanho, mas dentro do que mais tem saída nas tapeçarias o botonê fica a partir de R$ 700 e o capitonê, R$ 900, podendo chegar a R$ 1,5 mil.
O tapeceiro e proprietário da Triunidade Tapeçaria, Nivaldo Ribeiro, atenta para o detalhe na escolha do tecido. “Uns aceitam limpeza, o courino, ou o suede, que é que veio para fomentar e atualizar a característica do estofado”, explica.
O Lado B deu uma olhada em imagens pela internet e separou algumas para inspiração, veja:
Confira a galeria de imagens: