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Arquitetura

Casa de “vó” é refúgio de quem mora há 40 anos no Amambaí por paz

Marcelo conta que união entre construção antiga e quintal amplo dão sensação de estar fora da Capital

Aletheya Alves | 02/03/2023 06:34
Casa tradicional no Bairro Amambaí foi salvação de Marcelo. (Foto: Aletheya Alves)
Casa tradicional no Bairro Amambaí foi salvação de Marcelo. (Foto: Aletheya Alves)

Há um ano, Marcelo de Paula Soares se mudou para uma das casas tradicionais do Amambaí como forma de continuar sentindo que está fora da cidade. Tendo escolhido o bairro para viver há 40 anos, ele conta que o estilo casa de “vó” é um verdadeiro refúgio dentro de Campo Grande.

“Fiquei na outra casa durante quase a vida toda e também era dessas antigas. Quando precisei sair, vim para essa porque eu gosto mesmo. Não tenho vontade de ir para uma nova”, explica Marcelo. Enquanto muita gente sonha com as construções atuais, ele comenta que segue um ritmo contrário.

Fazendo apenas manutenções necessárias, Marcelo relata que viver em casas do tipo requer alguns cuidados. Mas, de forma geral, vê os benefícios como maiores do que alguma preocupação que possa surgir.

Morador conta que mora no bairro há 40 anos e não pensa em sair. (Foto: Aletheya Alves)
Morador conta que mora no bairro há 40 anos e não pensa em sair. (Foto: Aletheya Alves)
Terreno possui até bananeiras no quintal amplo. (Foto: Aletheya Alves)
Terreno possui até bananeiras no quintal amplo. (Foto: Aletheya Alves)

Devido à passagem do tempo, ele cita que é necessário ajustar o forro da casa, fazer manutenção das janelas e itens pontuais. “Quando nós chegamos aqui, ela já estava até pintada. Então é tranquilo”.

Por gostar do estilo, Marcelo também comenta que o bairro é um dos poucos que conserva a arquitetura. “Se você ver essa parte da cidade, são muitas casas bem antigas mesmo”, diz.

Destacando o quintal amplo, que guarda até bananeiras e espaço para plantar mais coisas, o morador comenta que quem mora na região não quer sair. “Tem espaço de sobra mesmo. Se você vem domingo aqui, nem parece que está em Campo Grande. É um silêncio total”.

Ainda focando no espaço, ele detalha que espalhou alguns vasos de planta e inseriu um saco de pancadas para manter os treinos que fazia antes da pandemia. “Você vê que dá para fazer um pouco de tudo”.

E, sendo torcedor do Operário, ele destaca que sair realmente da cidade seria impossível. “Meu vício é estar dentro do estádio, então nunca morei fora daqui e acho que também não conseguiria não, sendo sincero”, completa.

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