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Arquitetura

Celi diz que “não pode ver um pau na rua” que transforma tudo em arte

Uma das pessoas mais bem-humoradas do Jockey Club, Celi é marceneira cheia de criatividade aos 54 anos

Thailla Torres | 06/02/2023 06:37
Bem-humorada, Celi virou marceneira de mão cheia e hoje tem casa recheada de rusticidade. (Foto: Kísie Ainoã)
Bem-humorada, Celi virou marceneira de mão cheia e hoje tem casa recheada de rusticidade. (Foto: Kísie Ainoã)

Com uma ideia na cabeça e pedaços de madeira de demolição nas mãos, Celi Félix se juntou à criatividade para transformar os seus dias dentro e fora de casa. Com humor incomparável, ela brinca que “não pode ver um pau na rua” que faz de tudo para transformar a estrutura em arte. Foi assim que ela se tornou uma marceneira reconhecida no Jockey Clube, em Campo Grande.

A residência é tomada por móveis e decorações feitas de madeira. Tem casinha de boneca até mobiliário para qualquer ambiente da casa. Tudo espalhado pela varanda, jardim e cômodos. São oito anos nessa pegada de produção que ela não abandona. Não é à toa que ela já mudou a paisagem do jardim 13 vezes nos últimos oito anos.

Móveis são feitos somente com madeira de demolição.
Móveis são feitos somente com madeira de demolição.

Tudo começou em um período que estava sem fazer nada e procurava uma ocupação para se distrair. “Sou uma virginiana louca pela natureza, então queria fazer algo que me motivasse. Foi quando encontrei uma pessoa que mexia com madeira de demolição e aquilo me encantou”, lembra.

Não demorou muito para Celi se debruçar nas pesquisas e vídeos sobre o uso da madeira de demolição. Começou sua produção por vasos de plantas e hoje vende móveis de diferentes tamanhos.

“Eu não podia ver uma casa com madeira velha que ficava enlouquecida. Eu comecei a catar madeira na rua. Já peguei até pau queimando, isso mesmo, eu apaguei o fogo que estava numa madeira e a levei para casa. Depois ela virou uma lanterna linda”.

Casinha na árvore é um sonho realizado da marceneira. (Foto: Kísie Ainoã)
Casinha na árvore é um sonho realizado da marceneira. (Foto: Kísie Ainoã)
Seu bom humor ajudou no sucesso dos últimos anos.
Seu bom humor ajudou no sucesso dos últimos anos.

O diferencial no trabalho hoje está na beleza de cada peça, que Celi considera única. “Cada madeira tem sua história, sua pintura e suas texturas. Então nenhum móvel fica igual ao outro. Além disso, todos eles ficam com acabamento leve, embora sejam rústicos, eles cabem em qualquer espaço e estilo de decoração”, acredita.

Além disso, ela busca falar aos clientes a história de cada madeira quando se recorda. “A tinta que tem nos meus móveis é da história das pessoas, do tempo que essa madeira ainda era uma casa, e isso torna cada peça especial”.

E para tornar a oferta de móveis mais atrativa, ela usa e abusa do bom humor. Nas redes sociais está sempre sorrindo e fazendo piada. “A concorrência não aguenta, com ‘nóis’ você pode sentar que aqui o pau aguenta”, diz em um dos vídeos bem-humorados que ela publica em seu Instagram.

Aos 54 anos, ela diz que é essa a alegria que a faz se sentir mais viva. “Gosto muito de mim, gosto de estar comigo, adoro viajar na maionese e sair do normal através do meu trabalho. Detesto gente que quer colocar regras na minha vida. Sou feliz assim”, encerra.

Quem quiser conhecer o espaço de Celi, o endereço é Rua das Hortencias, 300, Jockey Club.

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