Com arquitetura antiga, casal constrói casa de madeira inspirada na serra gaúcha

A casa é delicada, do jeito que Nelson e Edimara sonharam há 16 anos durante viagens pelo interior da região sul do Brasil. A vontade de viver em uma residência de alvenaria ficou no passado e foi no investimento de uma pré-moldada que eles encontraram aconchego, mesmo morando em um ambiente urbano.

A casa fica no bairro Cidade Jardim em Campo Grande e, diferente de outras casas de alto padrão, o casal resolveu deixar o muro baixinho, combinando com o cercado de madeira, para mostrar toda beleza e rusticidade.

Do cercado é possível admirar o jardim bem cuidado, graças a dedicação do psiquiatra Nelson Farias, de 57 anos. Ele vive na casa com a esposa, Edimara Farias, de 53 anos.

As filhas cresceram, e como na maioria das vezes, seguiram caminhos diferente e longe de casa que ganhou proporções maiores. "Ela ficou grande demais só pra nós dois. Antes eu tinha as meninas por aqui, mas elas crescem rápido", diz com olhar cheio de saudade.

A filha mais velha é advogada e mora na Suíça, já a caçula falta pouco para se formar em Medicina, mas também não pretende retornar para a casa dos pais. "O jeito agora é vender, mas ainda não achamos ninguém tão interessado assim. Não estamos com tanta pressa", diz. 

A casa de dois andares tem cerca de 240m² e um jeito de interior. "A gente sempre gostou da madeira e quando viajamos por Gramado e Canela (RS), vimos algumas casas desse tipo, inclusive, uma da Mamãe Noel que não tinha pregos e era toda encaixada. Quando chegamos em Campo Grande decidimos construir", explica Nelson.

No andar superior estão os quartos do casal e das filhas, que  ele prefere que não sejam fotografados. Já no térreo está a cozinha, sala de jantar, de estar e área de serviço. Exceto a cozinha e banheiro, todo o resto é feito com madeira. Na época, a casa demorou seis meses para ser montada.

Além do gosto pelo visual charmoso que a madeira trouxe à residência, Nelson fala, sem dúvidas, do conforto. "A casa de madeira tem outro jeito, muito mais aconchegante e o clima é bem melhor. Quando o sol vai embora, em 20 minutos a temperatura está ótima. E a manutenção também é barata, com duas latas de verniz ela já está pronta", explica.

Apesar da paixão, o imóvel está à venda, mas Nelson adianta que não entrega ela a qualquer preço. "Estou pedindo R$ 1,3 milhão. Esses dias teve um interessado que queria trocar em um apartamento, mas achamos enorme só para nós dois, enquanto a gente não achar outro canto, vamos continuar por aqui", afirma.

Do lado de fora, a casa chama atenção tanto quanto os ipês plantados na entrada, que apesar de não estarem floridos, são um indicativo de que logo mais tem paisagem bonita por ali. "A gente que já está acostumado, olhar daqui todo dia é a mesma coisa, mas todo mundo que passa fica boquiaberto, encantado e muita gente tira foto".

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