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Arquitetura

Construído como recanto por pai, chalé agora compartilha “energia”

Amor pela natureza fez com que Marina levasse trabalho de conservação para dividir com hóspedes

Aletheya Alves | 22/03/2023 07:50
Chalé dos Jatobás foi construído como um recanto para a família e amigos. (Foto: Arquivo pessoal)
Chalé dos Jatobás foi construído como um recanto para a família e amigos. (Foto: Arquivo pessoal)

Localizado em Piraputanga, distrito de Aquidauana, o Chalé dos Jatobás foi construído como um recanto e, hoje, hospeda visitantes que gostam e se preocupam com a natureza. Isso porque além de estar em meio à vegetação, o espaço possui um compromisso com a sustentabilidade.

No início dos anos 2000, o sobrado era usado apenas pela família e amigos, como comenta Marina Solon. Mas, desde que seu pai partiu, o espaço continuou ganhando novos significados e compartilhando a ideia de compensação ambiental.

Caracterizado como simples por Marina, a estrutura possui madeiramento, fazendo que se torne mais aconchegante nas palavras da proprietária. “Acho que a arquitetura em madeira tem a capacidade de despertar essa sensação familiar, orgânica”.

Ao todo, o espaço tem capacidade para 12 hóspedes, já que possui quatro quartos e dois banheiros.

Espaço interno possui construção também com madeiras. (Foto: Arquivo pessoal)
Espaço interno possui construção também com madeiras. (Foto: Arquivo pessoal)

Entre os cômodos, há uma sala ampla e alta, sendo que de acordo com a anfitriã, todos os espaços são climatizados. No térreo há dois quartos e um grande mezanino com dois ambientes no andar de cima, contando com várias camas.

“A cozinha é equipada com todos os utensílios necessários, geladeira, fogão, eletrodomésticos, fogão a lenha, churrasqueira portátil. Há também uma pequena piscina para que os adultos possam ficar tranquilos enquanto as crianças brincam em segurança”, Marina descreve.

Do lado de fora, há um redário embaixo dos Jatobás, “anfitriões da casa, em que ficam os balanços. À noite é bem legal fazer uma fogueira para assar marshmallows, conversar e cantar olhando as estrelas”.

Redário e balanços ficam abaixo dos jatobás. (Foto: Arquivo pessoal)
Redário e balanços ficam abaixo dos jatobás. (Foto: Arquivo pessoal)

Disponíveis para os hóspedes, há também livros, jogos e alguns brinquedos. “Descrevo a experiência no chalé como uma pausa para recarregar as energias, acalmar a mente, o coração e aquecer a alma. Não somente porque é o que as pessoas mais necessitam, mas porque é exatamente essa sensação que se tem lá”.

Contando mais sobre a história do chalé, Marina explica que o pai construiu cada detalhe com amor e cuidado, que, para ela, era um “médico homeopata apaixonado, filósofo, poeta, amante da natureza e palhaço”. E, pelos outros, mais conhecido como “Dr. Luiz Ricardo Solon”.

“Ele passava a semana trabalhando em seu consultório em Campo Grande e, aos finais de semana, ia para Piraputanga e colocava a mão na massa na construção do chalé”, conta a filha.

Localizado no terreno mais alto do vilarejo, a construção tomou forma em frente ao nascer do sol e entre os morros, como ela descreve. Inicialmente, a ideia era que o chalé fosse usado por familiares e amigos, mas, um tempo depois, passou a ser alugado.

Marina ao lado do pai, Luiz, que construiu o chalé em Piraputanga. (Foto: Arquivo pessoal)
Marina ao lado do pai, Luiz, que construiu o chalé em Piraputanga. (Foto: Arquivo pessoal)

Já quando Luiz havia falecido, a família decidiu manter a ideia de locação e disponibilizar para que outras famílias pudessem compartilhar da “energia especial” encontrada por ali.

E, para que tudo isso continue existindo, Marina destaca a importância da consciência ambiental. Nesse sentido, o chalé possui algumas formas para realizar a compensação ambiental.

“Eu sou educadora ambiental da Ecoplantar, um viveiro de mudas que realiza um trabalho de envolvimento com a população para incentivar a economia circular através de um drive thru ecológico e a recuperação da mata ciliar do Córrego Segredo”, descreve sobre seu trabalho na questão ambiental.

Aplicando no chalé, o espaço possui lixeiras separadas, sendo que todas são destinadas corretamente e a ideia de plantar árvores a partir das hospedagens também faz parte da ideia.

“Como em Piraputanga não conseguimos garantir o cuidado das árvores, plantamos aqui em Campo Grande mesmo, onde já se tem licença ambiental e estrutura para tal. Nossa intenção é disseminar essa cultura e convidar outras empresas a investirem em sustentabilidade também”, conta Marina.

De acordo com Marina, essa responsabilidade com a natureza, inclusive, chama atenção de novos hóspedes. Isso porque muitas pessoas querem aproveitar a natureza, mas, ao mesmo tempo, sabem da importância de fazer essa compensação ambiental.

Nesse sentido, além do chalé, quem se interessar pela ideia da compensação ambiental também pode entrar com Marina através do @ecoplantarltda. Já para a hospedagem, é só clicar aqui e conferir a disponibilidade através do Airbnb, sendo que os valores atuais partem de R$ 459 diariamente, mas cada orçamento deve ser consultado com os proprietários.

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