Lareira não é peça só de região gelada, mas custa caro em Campo Grande
Poucas empresas vendem lareiras em Campo Grande e, na verdade, poucos clientes procuram pelo item que, além de aquecer ambientes nos dias mais frios, tem a função de deixar os espaços mais acolhedores e elegantes. A maioria pensa que a peça serve apenas para regiões geladas e, como por aqui o Inverno é curto, quase ninguém se lembram dessa possibilidade para aquecer ambientes.
Mas vários projetos provam que a lareira é mais democrática do que se pensa e serve, inclusive, para criar uma atmosfera aconchegante em encontros durante a noite em áreas externas.
Por aqui, quem quer ter uma em casa precisa desembolsar de R$ 800,00 a R$ 1,3 mil pelo aquecedor, sem contar a mão de obra para instalação e os gastos com acabamento, que podem somar mais R$ 1,5 mil, no mínimo.
Na cidade, a Santa Maria Coberturas, no bairro Vila Rica, oferece cinco modelos, segundo a proprietária da empresa, Andrea Franchine Dela Libera, 43 anos. São três do tipo reto (de parede), nos tamanhos pequeno, médio e grande, e duas de canto (médio e grande). O preço varia de R$ 850,00 a R$ 1,290,00.
A estrutura é em pré-moldado, com sistemas que funcionam à base de lenha. Andrea vende uma média de 12 a 20 por ano. “A maioria é para ambientes na área da Chácara dos Poderes, que é uma região mais fria, mas tem outras localidades. Geralmente é para pessoas de melhor pode aquisitivo”, conta.
Quem compra não costuma deixar a lareira como veio, com cimento aparecendo. Gosta de personalizá-la e aí está a graça. “Você pode dar um acabamento mais rústico, com tijolo aparente ou contemporâneo, com pastilhas. Tem gente que põe até vidro”, sugere a empresária.
Com kit queimador - Além da Santa Maria, a Shalom Construshop, na mesma região, também vende o item e com a mesma estrutura. A de tamanho médio, com 1,40 metro de altura, 93 cm de largura e abertura de 77 cm, sai por R$ 800,00.
A maior, de 1,46 metro, mas com 1 metro de largura e abertura de 113 cm, custa R$ 1,3 mil. O fornecedor, segundo o vendedor Ricardo Redual, de 30 anos, é de São Paulo. Em Campo Grande, as poucas empresas que trabalham no segmento, diz ele, só vendem modelos pré-moldados que funcionam à lenha.
Mas é possível ter menos trabalho. Na Shalom, o clientes que não querem lidar com a madeira podem encomendar o kit queimador a gás. “É tipo um fogãozinho que simula uma lenha que está pegando fogo, mas é tudo artificial”, explica. Custa cerca de R$ 4 mil.
Tem, ainda, a lareira elétrica, que dispensa o sistema, mas é bem mais cara e, segundo o vendedor, não existe no comércio de Campo Grande.
O jeito é comprar na internet. Em vários sites é possível encontrar modelos elétricos gringos e de fabricação nacional. O equipamento pode ser fixado em qualquer estrutura, em madeira, metal, alvenaria ou gesso, na sala, no quarto ou escritório, porque não produz fuligem ou gás carbônico e não faz nenhuma sujeira.
São como aquecedores portáteis, mas com desenho mais sofisticado, com a possibilidade de embutir na parede. As chamas são simuladas, em efeito 3D com incrível realismo. O calor é transmitido para o ambiente de forma uniforme e regulável, silenciosa, sem nenhum ruído. O consumo de energia elétrica é considerado baixo.
A fábrica brasileira Cadence produz as lareiras elétricas com preços qeu variam de R$ 600,00 a R$ 1 mil.