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Artes

Aos 11 anos, Maylon enfrentou preconceito do pai para dançar balé

Hoje com 20 anos, jovem sonha em se apresentar com seu grupo na Argentina e pede ajuda para custear a viagem

Por Idaicy Solano | 13/07/2024 07:20
Maylon e sua aprceira de dança desde a infância, Bianca (Foto: Arquivo Pessoal)
Maylon e sua aprceira de dança desde a infância, Bianca (Foto: Arquivo Pessoal)

Para poder fazer o ama Maylon dos Anjos Nunes, 20, precisou enfrentar muito cedo a dor do preconceito, que partiu do próprio pai, que não permitia que ele dançasse balé. Dos comentários mais absurdos, incluindo que ele não podia dançar porque era ‘coisa de mulher’, ele precisou praticar escondido durante quatro anos, até se libertar das amarras do preconceito sofrido.

Hoje, aos 20 anos, o jovem sonha em se apresentar com seu grupo na Argentina, mas infelizmente não tem condições de bancar a viagem. Sua última esperança é conseguir levantar recursos por meio de doações ou conseguir um patrocinador.

Maylon só teve a oportunidade de ter seu primeiro contato com a dança aos 11 anos, com ajuda da mãe, Rosângela, e de um professor.  Ele relata que após um dos educadores sociais do CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) do Bairro Tijuca, perceber que ele era apaixonado pela dança, ajudou Maylon a entrar no grupo, do qual faz parte até hoje. Para isso, ele e a mãe tiveram que esconder de seu pai a realidade sobre frequentar as aulas.

Maylon e Bianca terão apresentação especial em dupla no campeonato na Argentina (Foto: Arquivo Pessoal)
Maylon e Bianca terão apresentação especial em dupla no campeonato na Argentina (Foto: Arquivo Pessoal)
Dupla Maylon e Bianca ensaiando (Foto: Arquivo Pessoal)
Dupla Maylon e Bianca ensaiando (Foto: Arquivo Pessoal)

Ele dançou escondido do pai durante quatro anos, e ao completar dezesseis, seus pais se separaram. Com o tempo, o genitor acabou descobrindo sobre a dança, mas Maylon relata que não são mais tão próximos hoje em dia.

“A família inteira do meu pai fazia preconceito, comigo falando que eu não poderia dançar, que era ‘coisa de mulher’. Mas eu não ligo para mais nenhum preconceito, porque a dança é para todos que querem dançar”, enfatiza.

Um de seus principais pilares nessa trajetória foi sua mãe, que sempre o apoiou no sonho de ser bailarino. Hoje, Rosangela anseia ver o filho brilhar nos palcos de Buenos Aires, mas não tem condições de ajudá-lo a bancar a viagem, pois tanto ele quanto a mãe estão desempregados.

“Minha mãe sempre me aconselhou e sempre me apoiou com a dança e até hoje ela me apoia. Ela limpava a casa dos outros para me sustentar, o sonho dela é poder me ajudar, porém ela não tem condições nenhuma disso”, lamenta o dançarino.

Maylon ao lado da mãe, Rosângela (Foto: Arquivo Pessoal)
Maylon ao lado da mãe, Rosângela (Foto: Arquivo Pessoal)

Viagem para a Argentina 

Jovem, e cheio de sonhos, ele faz parte desde os 11 anos do grupo de dança Ballet AMOC Cia Marcos André. Este ano, o grupo participa de competições no Pan-Americano em Setembro, em Buenos Aires.

Os dançarinos ficarão uma semana na Argentina, e irão apresentar cinco coreografias, das quais Maylon participa de todas. Mas a mais especial, é a apresentação em dupla com sua parceira de infância, Bianca, que pode estar comprometida caso ele não consiga ir.

“Eu nunca saí de Campo Grande para competir fora, porém meu grupo já foi várias vezes pra porto de Iguaçu na Argentina, e também já foram pra Europa duas vezes, porém eu nunca fui porque tenho poucas condições financeiras, vivo só com o básico que eu preciso”, relata Maylon.

Maylon precisa arrecadar pelo menos R$ 1,8 mil para bancar os custos da viagem. Como ele não tem nenhum familiar próximo, além da mãe, e ambos estão sem fonte de renda no momento, ele decidiu abrir uma vaquinha no pix.

Quem puder e quiser ajudar Maylon a realizar este sonho, pode contribuir doando na chave pix (67 993424174). Para entrar em contato com o dançarino e conhecer mais sobre sua história, basta contactá-lo pelo whatsapp ou Instagram @Maylon_kemuel.

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