Artistas de MS precisam de voto para cantar no palco do Festival João Rock
Clique na reportagem e veja como votar para tornar artistas sul-mato-grossenses finalistas
Para realizar o sonho de cantar no palco de um dos festivais de música consagrados no País, o Festival João Rock, a cantora douradense SoulRa, o Projeto Kazulo e Beca e A Gaia Arte precisam de votos na internet.
Até o momento, SoulRa é a única mulher entre os 20 artistas mais votados que concorrem a chance de se apresentar no festival, que neste ano será no dia 3 de junho, em Ribeirão Preto (SP). Mas a votação segue até o dia 9 de maio e o público pode colocar os outros sul-mato-grossenses na lista de 20 mais votados.
Após encerramento dessa votação, as 20 bandas mais votadas serão avaliadas por um júri que irá escolher quatro finalistas, que irão para Ribeirão Preto participar de uma experiência em busca da sonhada vaga no Palco João Rock.
Veja quem são os artistas sul-mato-grossenses e vote clicando nos links. Para votar é bem simples: basta clicar no link da plataforma do festival, informar CPF e confirmar o voto.
Natural de Dourados e filha de maranhenses, SoulRa é rapper, cantora e compositora profissional há 4 anos. Suas letras e arranjos autorais são frutos da união dos estilos e vivências da black music e rap adquiridas nas batalhas de MC’s da cidade com a MPB nordestina consumida por influência de seus pais.
Apresentou-se nos maiores festivais do estado, dividindo palco com artistas nacionalmente consagrados como Djonga, Marina Peralta, Kamau e Slim Rimografia. Também foi finalista no Top 10 Brasil do concurso global Vans Musicians Wanted, promovido pela marca Vans, sendo a única artista selecionada da região centro-oeste.
Vencendo diariamente os desafios de viver da arte autoral, feminina e negra e mantendo-se em destaque num estado ainda conservador e coronelista que, SoulRa deseja brilhar para além das fronteiras regionais levando o melhor da música autoral sul mato-grossense até os palcos do João Rock para todo o Brasil.
Para alcançar a metamorfose do casulo, a banda experimenta a mistura de diversos ritmos como champeta, maracatu, salsa, cúmbia, côco, baião, samba e samba-reggae, com letras críticas e conceituais trazidas das questões que motivam os integrantes como cidadãos, e através das quais exaltam a sociobiodiversidade que enriquece o estado de Mato Grosso do Sul.
A banda imprime a identidade latino-americana que transcende fronteiras em seu show, trazendo em suas composições pitadas de portuñhol com a mistura de suas raízes rítmicas, criando uma experiência inédita e enriquecedora, que convida à reflexão sobre a sociedade, o meio ambiente, as expressões da alma, os carnavais de nossos povos e a própria cotidianidade.
Beca e A Gaia Arte (Vote aqui)
Um projeto idealizado pela cantora e compositora Beca Rodrigues, a banda é composta por mulheres LBTQIAP+ e sua proposta visa realizar shows projetados e executados apenas por mulheres.
O nome Gaia Arte traz essa ideia da arte enquanto componente necessário para a vida, assim como a natureza, como a deusa da mitologia grega que criou os céus e a terra, no sentido de gerar a vida. Teve sua estreia durante a pandemia e, por conta disso, teve sua trajetória afetada
De qualquer forma, as artistas prosseguem resistindo, reforçando, assim, a existência e resistência do trabalho artístico e cultural feito a partir de uma ótica contra as ideias patriarcais e heteronormativas dentro da cena sul-mato-grossense, culturalmente conservadora. Dessa forma, a banda Gaia Arte busca a visibilidade e representatividade tão necessária.
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