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Artes

Com sensibilidade, Sonhos Guaranis quer contar história das músicas do Estado

Rogério Zanetti é o roteirista que selecionou músicas como Pé de Cedro, Meu Carnaval, Velhas Casinhas, Sonhos Guaranis e outras

Thaís Pimenta | 19/08/2018 07:50
Música de Geraldo Espíndola, Vida Cigana, foi uma das primeiras a serem destrinchadas pelo projeto Sonhos Guaranis. (Foto: Ernesto Franco)
Música de Geraldo Espíndola, Vida Cigana, foi uma das primeiras a serem destrinchadas pelo projeto Sonhos Guaranis. (Foto: Ernesto Franco)

Contar a história de Mato Grosso do Sul por meio de suas músicas. Essa é a proposta do projeto ''Sonhos Guaranis - a história das músicas de Mato Grosso do Sul'', dirigido pelo jornalista Rogério Alexandre Zanetti, fimado pelo cinegrafista e editor Marcos Vareiro, e editado pela jornalista Nélcia Rita, com auxílio do fotográfo Ernesto Franco.

Sonhos Guaranis é uma série audiovisual em processo de produção. Ela traz, inicialmente, 10 das mais importantes canções do Estado, em formato documentários (curta-metragem, entre 15 e 20 minutos), na qual o compositor, e não o intérprete, conta a história da música, contextualiza com base na época em que foi criada, conta detalhes do processo de criação, e todo esse bate-papo é ilustrado com fotos da época.

De acordo com Zanetti, as músicas foram selecionadas num extenso processo. ''Selecionamos as que consideramos fundamentais'', diz ele. Estão na lista Trem do Pantanal e Sonhos Guaranis, que inclusive dá nome ao projeto, uma composição de Paulo Simões, Meu Carnaval, de Filho dos Livres, Pé de Cedro, do já falecido Zacharias Mourão.

''Já temos dois produtos gravados. Um deles conta história da música Vida Cigana, com o compositor Geraldo Espíndola, de onde vem o teaser, e a história da Velha Casinha, com a cantora e compositora Delinha'', adianta ele.

Equipe de produção durante gravação do primeiro episódio com o músico e compositor Geraldo Espíndola. (Foto:  Ernesto Franco)
Equipe de produção durante gravação do primeiro episódio com o músico e compositor Geraldo Espíndola. (Foto: Ernesto Franco)

No momento em que foi gravar com Delinha, Zanetti se recorda que a proposta era a proposta era falar sobre sua composição ''Sol e A Lua''. ''Ligamos tudo e começamos a gravar. Depois de um tempo, nada sai da boca de Delinha. Que me olha e diz 'meu filho, essa música não tem história alguma. Eu compus muito pouco na vida, mas um dia sentei nessa mesa e fui escrevendo, só isso'. Desligamos tudo, começamos a conversar, e ela contou a história de vida dela, totalmente ligada à casa em que estávamos, na qual mora há 70 anos e é retratada na canção Velha Casinha. Bastou para ligarmos tudo e começamos de novo, agora com novo personagem'', conta.

A primeira temporada ainda não tem data para ser lançada, mas sabe-se que a cada leva estejam produzidos 7 deles produtos, todos com canal próprio no You Tube e divulgação por redes sociais.No momento, a equipe busca parcerias com empresas que apostem na cultura como fonte de resgate histórico de Mato Grosso do Sul. ''Devemos lançar cada episódio quinzenalmente''.

''A intenção agora é buscar investidor interessado em associar a sua marca a um bom produto cultural, para que possamos dar continuidade. Gastamos, por episódio, cerca de 7, 8 mil Reais. É gravado em 4k, captação de som de alta qualidade, etc'', completa ele. Para ajudar entre em contato pelas redes sociais por meio do link.

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