Com traço delicado, Juliane eterniza afeto de donos por seus pets
Há 4 anos, a profissional produz desenhos realistas dos animais que têm significado especial para os donos
Juliane Crispim de Oliveira, de 34 anos, todo dia lida com algum bicho de estimação diferente. A tatuadora de Campo Grande produz desenhos no estilo realista para aqueles que querem prestar homenagem e registrar na pele o amor pelo cachorro ou gato.
Antes de perder as contas de quantas tatuagens fez nesse segmento, Juliane atuava na área de engenharia ambiental. O lado artístico, ela conta que expressava através de desenhos. “O desenho sempre faz parte da minha vida. Desenho desde criança, fiz até um curso quando tinha uns 12 anos, mas nunca levei a sério. Era mais um hobby mesmo”, diz.
Na faculdade, ela começou a desenhar com mais frequência e com o tempo amigos passaram a incentivá-la a investir no talento. “Comecei a desenhar com giz em paredes a pedidos de amigos e nisso foi rolando das pessoas verem e pedirem também. Nesse meio tempo várias pessoas me falaram pra eu fazer um curso de tatuagem e que eu iria me sair bem”, comenta.
A princípio, a tatuadora confessa que não se via trabalhando na área. “Nunca levei muito a sério porque eu achava que não me enquadrava no estereótipo do tatuador. Achava que não tinha a ver comigo e também pensava que era muito complicado pra fazer curso”, explica.
Após um tempo, Juliane procurou um tatuador na cidade com a expectativa de ser aprendiz. “O estúdio estava em reforma na época e ele me disse que não poderia pegar mais aprendiz no momento”, recorda.
Contudo, ela não desistiu e no final de 2018 fez o curso de tatuagem e nunca mais parou. “Como eu estava pra sair do trabalho resolvi que ia fazer o curso com o acerto. Conversei com meus pais, eles ficaram meio resistentes, mas concordaram e me apoiaram. Fiz o curso em dezembro de 2018 exatamente dia 03/12. Então, faz 4 anos que fiz o curso e tenho minha nova profissão”, afirma.
Já o envolvimento com tatuagens de animais, segundo Juliane, foi algo natural e nada planejado. “A tatuagem de pet foi acontecendo não foi algo premeditado. Eu já tive envolvimento com ONGs, sou muito apaixonada por cães e acredito que isso tenha me aproximado dos clientes que também amam seus bichinhos”, destaca.
A primeira tatuagem que fez de animal de estimação foi em 2019. Posteriormente, Juliane foi procurada por mais pessoas que, vez ou outra, abrem o coração e falam da relação especial que tem com o pet.
Das histórias que ouviu dos clientes, ela revela quais são as mais marcantes. “Teve de um que fiz que a tutora sofreu um acidente de carro e estavam só os dois. O cachorrinho morreu e ela sobreviveu. Foi bem especial”, expõe.
Para ela, cada tatuagem tem um significado único, por isso, os clientes não seguram a emoção com o resultado. “Sempre que faço de um pet que já morreu é bem emocionante. Geralmente os tutores choram quando veem a tattoo ou depois me mandam mensagem agradecendo e falando que choraram muito. Enfim, é sempre bem especial”, conclui.
Quem quiser acompanhar o trabalho dela, o perfil no Instagram é @jucrispimtattoo
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