Durante festival, Companhia de Dança do Pantanal representa MS na França
Bailarinos da companhia sul-mato-grossense se apresentarão no festival Dança em Trânsito
Bailarinos da Cia. de Dança do Pantanal, vinculada ao Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, viajaram mais de 9 mil quilômetros para apresentação em Paris, na França, durante uma das etapas do festival Dança em Trânsito, que acontece na capital francesa. Os artistas da companhia sul-mato-grossense vão apresentar o espetáculo “Carne Quebrada”.
Após doações, Agustin Salcedo Martin, Núbia Santos e Wellington Júlio, que também é coreografo, conseguiram embarcar para as apresentações, que acontecem nos dias 16 a 18 de setembro. Uma das apresentações será na Embaixada do Brasil na França.
Diretora-executiva do Moinho Cultural, Márcia Rolon, afirma que a viagem é um "marco" para a companhia. "Saímos da fronteira do Brasil com a Bolívia, onde há 18 anos nasceu o Moinho Cultural, para desembarcar no Velho Continente, com a nossa arte e a nossa cultura. A Cia. tem cinco anos apenas, mas a cada dia alça voos ainda maiores”.
O espetáculo é inspirado na obra "A Carne", de Júlio Ribeiro, publicada em 1888 e considerada um dos romances mais ousados e curiosos do naturalismo brasileiro. O espetáculo é apresentado pelos bailarinos Núbia Santos, Agustin Salcedo e Wellington Júlio, que também assina a coreografia.
A direção é de Rolando Candia e a direção artística é de Márcia Rolon. “Carne Quebrada” foi apresentado recentemente no Rio de Janeiro, também durante uma das etapas do 20° Dança em Trânsito.
Instituição - Moinho Cultural é uma OSC (Organização da Sociedade Civil) que oferece para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social de Corumbá, Ladário, Puerto Suarez e Puerto Quijarro, aulas de dança, música, tecnologia e informática. A formação continuada oferecida pela instituição tem duração de até oito anos.
O Moinho também atua na formação de intérpretes criadores para jovens e adultos, com a Companhia de Dança do Pantanal, Orquestra de Câmara do Pantanal e Núcleo de Tecnologia. A missão da instituição é diminuir a vulnerabilidade social na região de fronteira Brasil-Bolívia, por meio do acesso a bens culturais e tecnológicos.
Desde o início das atividades, mais de 23 mil crianças e adolescentes já foram atendidos pelo Moinho. Atualmente, o Instituto conta com o patrocínio máster via Lei de Incentivo Cultural do Instituto Cultural Vale, além de aporte de sete instituição ou empresas, e fomento do governo estadual.
Também são parceiros J.Macêdo, Itaú Social, Fecomércio MS-SESC, e as prefeituras das cidades contempladas, além do Instituto Homem Pantaneiro, IFMS, UFMS, Acaia Pantanal e outros doadores pessoa física e jurídica.