Em Berlim, música ainda é conexão de Rafael com Mato Grosso do Sul
Parceria com amigos de infância garantiu o novo single do artista, “Whispers in Solitude”
Mesmo morando na Europa desde os 25 anos, Rafael Alves continua se conectando a Mato Grosso do Sul através da música. Se unindo a artistas de Campo Grande, ele lançou seu novo single, “Whispers in Solitude”, nesta semana.
Envolto ao mundo musical desde pequeno, o artista conta que adotou a capital de MS como sua cidade mesmo tendo nascido em Cuiabá. E, graças às conexões que fez durante a infância e adolescência, conta que conseguiu criar uma equipe de produção para manter o gosto ativo.
“Comecei a me envolver com música aos 15 anos quando comprei uma guitarra. Sempre tive bandas pequenas, mas estudava, trabalhava e tinha grupos em Campo Grande”, explica o músico.
E, nesses contatos, se uniu a Fred Oliveira e Brucy Bertholi, que foram responsáveis pelo arranjo de orquestra e instrumentos de culturas diversas e pós-produção, sampling, mix e masterização. Além disso, o músico Pottel também foi convidado para atuar como vocalista.
Durante a maior parte de sua trajetória, Rafael trabalhou com composições em conjunto a outras pessoas, mas o último lançamento veio como um projeto mais autoral. E, contando sobre sua construção musical, narra que é integrado por gêneros variados.
Desde jazz, música brasileira e Vivaldi, ele explica que cresceu ouvindo diversas referências e cita que a banda Angra é uma que continua presente.
Retornado ao último lançamento, Rafael detalha que construiu a composição do violão, estrutura da música e harmonia em cerca de um mês. “A linguagem no violão é fora do convencional, tem arranjos bonitos e diferentes. No início da música, há um arranjo de violão bem único, tento trazer isso nas músicas”.
Já o momento de compor a letra é que as etapas se tornaram mais longas devido à temática escolhida. O músico explica que ao ouvir o que havia construído instrumentalmente, entendeu que o tema seria complexo.
“Sempre respeito a música e tento trazer o conteúdo para encaixar. Senti que a música não era para ser sobre coisas triviais, mas sim que ela queria ser algo mais forte, algo espiritual”, detalha Rafael.
Assim, a letra foi surgindo com a proposta de que pessoas de culturas diferentes precisam encontrar uma forma de respeito mútuo e focar nos pontos em comum.
Para se certificar de que a composição fazia sentido, ele decidiu convidar amigos de culturas diferentes e conversar sobre o que estava sendo escrito. “Essa é a mensagem da música, mas foi muito difícil chegar em uma ideia porque é um assunto complexo. Tenho amigos de lugares variados do mundo e os convidei para perguntar o que acham”.
Após reescrever o texto várias vezes, a composição foi lançada e está disponível no vídeo abaixo:
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