Ilustração, cerâmica, ímã e broche retratam a fofura da arte de Amanda
Amanda, que trabalha com ilustrações, cerâmica, imãs, broches, traz em sua arte, como ela mesma diz, algo mais "felizinho e fofo"
Não tem outra palavra pra descrever o trabalho de Amanda Amaral, a não ser fofo. São desenhos que trazem a sensação de uma felicidade meio ingênua sabe, de uma paz gostosinha. Se me deixassem, escreveria todo esse texto no diminutivo.
Natural de Bonito, a artista veio para Campo Grande há alguns anos fazer faculdade de jornalismo, sua profissão. Mas como na vida nunca temos uma paixão só, ela não deixou de lado a vocação artística que apresentava desde criança.
“Sempre desenhei, pintei, fiz colagem, boneco de pano, de gesso, desde bem criança. Acho que nunca fiquei muito tempo sem fazer alguma coisa, desenhar um amigo, fazer algum presente, coisas assim, mas só mostrava pra quem era mais próximo”.
Amanda conta que durante muito tempo não se sentiu confortável em mostrar sua arte para pessoas além dos amigos. “A introspecção fez eu me dedicar a querer aprender um pouco de cada coisa sozinha no meu quarto durante a infância. Na escola eu cheguei a vender desenhos, mas tinha muita vergonha de colocar preço nas coisas, até hoje, uma dificuldade que me atrasou demais em investir mais tempo e atenção em produzir algo pra valer”.
A artista já expunha seus desenhos no perfil pessoal do Instagram e até em feirinhas aqui de Campo Grande, mas só foi agora, há menos de uma semana, que criou uma página voltada apenas para os trabalhos artísticos, o @ami.etc.
Tendo começado com ilustrações, Amanda foi diversificando o seu portfólio artístico, testando outros materiais e desenhos, inclusive belos trabalhos em cerâmica.
“Na cerâmica comecei em 2018, fiz um tempo de aulas e também fui pesquisando por conta, testando na prática. Um tempo depois, comecei a fazer broches e ímãs de cerâmica plástica também. Por incentivo dos meus amigos queridos saí da minha própria ‘bolha’ ano passado, pra vender algumas produções em feiras de artistas independentes, o que foi muito legal, conheci outras pessoas incríveis”.
Não sei como, mas dá pra ver esse traço da personalidade de Amanda em seus desenhos. São pessoinhas (diminutivo ataca de novo) com sorrisos tímidos. Sabe quando sorri com dente cerrado ou sem mostrá-los? Uma coisa meio “tô feliz, mas não repara”.
“Acho muito chique ser artista conceitual, amo muitos nessa linha, mas a verdade é que o que eu faço geralmente vai automaticamente pra um caminho mais felizinho e fofo, não consigo lutar contra (risos), gosto quando consigo fazer algo simples e harmonioso”.
Sobre suas técnicas, diz que está mais familiarizada com coisas feitas à mão. “As ilustrações são todas no papel, uso geralmente acrílica, guache e lápis, às vezes aquarela, e depois digitalizo pra criar os prints. A cerâmica também é total feita à mão, não uso aquele torno elétrico nem nada, e fico cada dia mais instigada e encantada porque é quase sempre uma surpresa o que sai da queima final, são duas, geralmente. Entre uma queima e outra eu esmalto elas pra criar a camada colorida e vitrificada”.
Para conferir tudo sobre o trabalho de Amanda e ficar “felizinho” (precisamos mais do que nunca) acesse o insta @ami.etc e prestigie mais esse talento de nossa terra.
Confira mais fotos na galeria no fim da matéria:
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