Livro ilustrado traduz procedimentos hospitalares para indígenas
Hospital Universitário da UFGD não conta com tradutores nas alas e livro vem como facilitador
O Hospital Universitário da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) é o terceiro que mais atende indígenas no Brasil, conforme dados do SUS, mas um problema ainda existe em 2024: não há tradutores em cada setor. Para tentar diminuir a falta de comunicação, duas acadêmicas se uniram ao setor de enfermeiros da UTI adulto para criar um álbum ilustrado que facilita o caminho.
No livro, há descrições dos procedimentos em guarani, além dos desenhos e áudios no formato digital. Conforme divulgado pela Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), as acadêmicas são de medicina e de enfermagem, da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).
Segundo a aluna de medicina, Flávia Ferreira de Santana, sua participação foi de coordenar e dividir as tarefas, sendo que a equipe de enfermagem escolheu os procedimentos a serem ilustrados.
“Eu fazia os desenhos primeiramente à mão, depois tirava uma foto e colocava de fundo para desenhar digitalmente por cima, sempre buscando uma forma mais fácil de usar o recurso digital”, diz Flávia.
Na lista de procedimentos há monitorização cardíaca, banho no leito e administração de oxigenoterapia, tudo ilustrado e traduzido para os indígenas que não entendem o português.
Sobre a ação, a chefe da Unidade de Regulação Assistencial e Gestão da Informação Assistencial, Marjorie Dias Maciel, que atuou como orientadora do projeto, destacou que entender sobre os procedimentos pode gerar uma diminuição na ansiedade dos pacientes.
Além de ser usado no hospital, o álbum está disponível para todos, é só clicar aqui.
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