Museu de Arqueologia abre as portas com mais de 100 mil itens e mostra inédita
O acervo fruto de 20 anos de pesquisa reuniu peças de sítios arqueológicos e de doações da comunidade local do Pantanal
E depois de 20 anos de pesquisa e mais de um ano de montagem, o Museu de Arqueologia do Pantanal abriu as portas ao público nesta segunda-feira (25) com a exposição “Da pré-história do Pantanal à colonização europeia”.
As peças estão divididas em expositores um ao lado do outro. No centro, uma canoa histórica divide a sala do museu. A intenção é incluir o museu no roteiro turístico, para que viajantes, antes do embarque nos barcos de pesca, passem pelo museu.
Antes da primeira visitação pública, o professor e arqueólogo José Peixoto palestrou aos presentes e explicou o passo a passo dos estudos, buscas e, finalmente, a montagem do espaço, que acontece desde 2018. Ao lado da professora Ariane Arruda, ele é o responsável pelo local.
A exposição de abertura também é permanente, mas para a noite de inaguração reuniu 190 peças arqueológicas, com o intuito de estabelecer conexão entre o passado remoto e o presente.
O acervo total é fruto de mais de duas décadas de pesquisa no Pantanal e regiões adjacentes, soma mais de 100 mil itens. Entre eles, 88.919 fragmentos cerâmicos, 5.151 unidades líticas, que seriam as pedras pré-históricas, 3.705 contas de colar, 65 pontas, outros 39 pingentes e 12 cachimbos.
Além disso, o espaço conta com 61.348 gramas de ossos, mais 140 gramas de sementes, 2.306 gramas de carvões, outras 122,4 gramas de madeiras e 181.337 gramas de conchas. Todas as peças reunidas são provenientes de sítios arqueológicos e de doações da comunidade local do Pantanal.
O acervo está exposto, mas devidamente preservado para permitir que interessados, bem como toda a população, tenham acesso à coletânea representativa da pré-história e da colonização europeia da região.
Os professores José Peixoto e Ariane Arruda querem fazer com que o Museu de Arqueologia do Pantanal desempenhe o papel de agente de comunicação no turismo e na formação dos estudantes dos ensinos fundamental, médio e superior, para que dessa forma possa haver a inclusão dos primeiros habitantes do Pantanal na história local e regional, que estão fortemente representados na população das cidades pantaneiras e nas cidades de Puerto Suárez e Puerto Quijarro, na Bolívia.
A inauguração aconteceu dentro da 2ª Jornada de Pesquisa e Ensino de História e 3º Colóquio do ATRIVM/UFMS (Espaço Interdisciplinar de Estudos da Antiguidade), que segue até dia 28 de novembro.
A abertura contou com a presença dos dirigentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, do diretor do Campus do Pantanal, da coordenadora do Curso de História e dos responsáveis pela organização do Museu de Arqueologia do Pantanal.
O museu tem o apoio institucional da Acaia Pantanal, que garantiu os recursos financeiros para viabilizar a montagem da exposição e está instalado na Rua Domingos Sahib, 99, Bairro Cervejaria, no Porto Geral. O horário de funcionamento é de terça-feira a sábado, das 8h às 17h, com entrada gratuita para todos os públicos.
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