No MIS, exposição 'Transvisões' celebra produção de nove artistas da Capital
Com entrada gratuita, exposição estreia na terça-feira e segue até dia 30 de junho no MIS
O MIS (Museu da Imagem do Sol) recebe a partir de terça-feira (06), às 19h, exposição de obras de nove artistas da Capital. Para marcar a data, o Coletivo Transvisões recebe o público com performance de live painting e um coquetel. A entrada é gratuita.
A exposição ‘Transvisões’ apresenta uma temática de várias camadas. O trabalho dos artistas abordam o feminino, o ambiente urbano, o periférico, o transgénero, o negro, o índio e o favelado em imagens figurativas e abstratas que possibilitam diversas interpretações.
A artista Eliane Fraulob é uma das organizadoras da exposição que fica até dia 30 de junho no MIS. Ela fala sobre o trabalho que segue diferentes caminhos na arte.
“Transvisões é onde ocorre a interseção dos trabalhos de alguns jovens artistas de Mato Grosso do Sul. É o cruzamento de diferentes linhas de pesquisas, que juntas, demonstram a amplitude das linguagens artísticas presentes no nosso Estado”, afirma.
Participam da mostra Mateus “Artetheus”, Bruno Girelli, Eliane Fraulob, Erika Pedraza, Leo Bueno, Letícia Maidana, Maria Chiang, Luis “Sonek” e Sara “Syunoi”.
Sobre os artistas - A mostra reúne as fotografias de Leo Bueno onde existe a influência do mangá na escolha dos temas, além da figura transgênero.. Erika Pedraza traz a figura da mulher, a presença da mulher negra com influência tanto da linguagem dos quadrinhos quanto do grafite no estilo do desenho e também nas tags usadas.
Maria Chiang retrata Lídia Baís, que é uma das grandes pintoras sul-mato-grossenses. fazendo uso do giz pastel numa interpretação pictórica e vibrante.
Já as obras de Eliane Fraulob trazem um colorido vibrante. A pintura abstrata parece trazer influências do abstracionismo de Miró, porém o uso da cor remete às feras do fauvismo.
A obra de Arte Theus traz a mistura da forma da iconografia egípcia, maia e indiana com temas contemporâneos, como a arte de rua e o grafite. ‘Punish room’, de Bruno Girelli, se apresenta como um projeto de colagismo com alto teor e abuso de texturas. Sonek transpõe a linguagem do grafite para a galeria trazendo em sua temática a figura do jovem marginalizado e da transgressão.
Syunoi traz a visão do abandono da cidade em aquarelas monocromáticas que parecem ressaltar o abandono e a melancolia de prédios e fachadas históricas que, no espaço urbano, passam a incorporar a pichação em suas fachadas.
Leticia Maidana transpõe o traço da tatuagem para a tela, uma aquarela figurativa simbólica, com o tema de um rosto feminino indígena de olhos fechados e a sobreposição da planta de uma cidade em retícula clara. A composição varia em tons de azul do claro ao azul profundo e o preto. Expressam a perda da terra A dor de ser engolida pela cidade A obra é prenhe de sentido e aberta a interpretações.
A exposição Transvisões permanecerá no MIS do dia 06 ao dia 30 de junho, com entrada gratuita. As visitas são abertas de segunda a sábado, das 8h às 17h.
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