No rock raiz, banda retoma projeto e quer resgatar sucessos da Vaticano 69
Após hiato de quase 10 anos, Midnight Purple lançou novo EP e aposta em som autoral e em inglês
A banda Midnight Purple retoma os trabalhos após hiato de quase dez anos. Desta vez, os integrantes apostam em canções autorais em inglês e prometem dar nova roupagem às músicas da Vaticano 69, que em 1998, ficou conhecida por aqui com uma versão do clássico “Uma Pra Estrada”, de Geraldo Roca.
O grupo acabou em 2005, mas ainda hoje tem sucessos tocados nas rádios. Dois anos depois, surgiu a Midnight Purple, com experiências até pelos bares de Londres. Logo depois encerrou as apresentações, mas a dupla de músicos Marcelo Tezeli (vocal e guitarra) e Marcelo Armôa (baixo) continuaram produzindo.
Eles beberam da fonte de Led Zeppelin, Deep Purple, Rolling Stones, Pink Floyd, Genesis e outras bandas de rock dos anos 60 e 70, por isso muita criação surge em inglês. “Acordei um dia com essa ideia: ‘é em inglês’. Pensei muito, porque não falava inglês fluentemente. Criei coragem para falar com ele (Armôa) que disse: ‘por que, não?’”, explica Tezeli.
Começaram a compor e com o tempo veio a confirmação de que a escolha foi acertada, pela fonética que contribui para o som que eles tocam.
“Uma das lições que aprendo até hoje é que a questão fonética, mais que questão da palavra, da gramática e até do sentido, tem que estar casada com a o som dos instrumentos que você toca e com a linha melódica que você cria”, define Tezeli.
Para Armôa, o idioma cai como uma luva para o estilo que tocam. “Para o gênero rock, a língua inglesa nos parece ser a que mais combina e também que mais atinge as pessoas que gostam de rock. Quem gosta de rock ouve as bandas clássicas de rock que cantam em Inglês”, concorda.
“We are back” - O MidnightPurple acaba de lançar o EP “Midnight Purple”, que traz 5 músicas inéditas gravadas em Campo Grande, entre os anos de 2011 e 2015, com Marcelo Tezeli nos vocais e guitarra e Marcelo Armôa no baixo, tendo como convidados Guilherme Cruz (guitarra solo), Sandro Moreno (bateria) e Alex Cavalheri (teclados).
As canções foram produzidas e mixadas no Rio de Janeiro por Paulo Calasans e Marcelo Saboia, da equipe de Djavan. O EP já está disponível nas principais plataformas digitais de streaming e distribuição, como o Spotify, Deezer, Itunes, Apple Music, Google Music e Youtube Music.
A música de trabalho é Bleeding Heart, uma balada ‘à la George Harrison’. A produção também tem clipe que já conta com mais de mil visualizações no YouTube.
Das antigas - “Antes das mídias sociais, chegávamos ao público por e-mail. Utilizávamos também o Reverbnation, onde ficamos por algum tempo entre as 50 bandas de rock mais ouvidas e obtivemos quase 3 mil fãs de países como Macedônia, Austrália, Argentina”, relata Armôa. “E até do Brasil”, brinca Tezeli.
Os músicos mantêm os olhos para o público internacional e planejam apresentações em Portugal. “Estamos em contato com um escritório especializado em Lisboa com abrangência em Madri e Londres”, adianta Tezeli.
A banda também tem planos para shows autorais por aqui, sempre com músicos convidados completando a banda.
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Confira o clipe de “Bleeding Heart”: