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Artes

Pandemia fez Letícia incluir aquarela na vida e nas camisetas

Tatuadora, que voltou ao estúdio esta semana, tem projetos de trabalhar com aquarela e ainda vender camisetas com seus desenhos

Lucas Mamédio | 13/06/2020 07:55
Aquarela pintada recentemente por Letícia (Foto: Arquivo Pessoal)
Aquarela pintada recentemente por Letícia (Foto: Arquivo Pessoal)

A vida começa a voltar ao “normal” agora para Letícia Duarte Ferreira Maidana, tatuadora de 25 anos, que retomou o atendimento em seu estúdio, o Letícia Maidana Art, esta semana. Foi um período complicado, mas que abriu caminhos para explorar outros lados dessa necessidade que é ‘fazer arte’ e também viver dela.

Nós já falamos de Letícia uma vez aqui no Lado B, quando em março, ela decidiu cobrir de graça tatuagens de mulheres que a fizeram num contexto de relação abusiva. Uma iniciativa muito nobre de alguém que ainda tem muito mais a oferecer artisticamente.

Nas tatuagens, Letícia trabalha basicamente com preto (Foto: Arquivo Pessoal)
Nas tatuagens, Letícia trabalha basicamente com preto (Foto: Arquivo Pessoal)

Ela, que é formada em arquitetura em Curitiba, mas não atuou na área, enveredou para o ramo da tatuagem despretensiosamente. “Sempre gostei de desenhar e depois que me formei ganhei uma maquininha de tatuar de um amigo e comecei aprendendo tudo meio sozinha, vendo tutorial, se tornou uma fonte de renda naturalmente”, explica Letícia.

A artista trabalha basicamente com preto ou contrate do preto, blackwork, dotwork. Técnicas que são usadas em nome dos desenhos autorais. “Meu processo de criação surge de várias formas, porém uma coisa que não mudo é o plágio, não copio tatuagem”.

Um trabalho não surge sempre do mesmo jeito, reforça artista. “Às vezes eu faço um desenho e alguém gosta e quer tatuar, às vezes um cliente chega com uma ideia e eu crio em cima do que ele está falando, ou tem um desenho como referência e a gente adapta ele ao meu estilo de trabalhar”.

As punturas também são formas de expressar angústias (Foto: Arquivo Pessoal)
As punturas também são formas de expressar angústias (Foto: Arquivo Pessoal)

Estilo é o que não falta nas tattoos de Letícia. “Minha linguagem vai muito do momento que estou passando, trabalho muito com temas também, como universo feminino, animais”.

Por conta da quarentena, Letícia pôde explorar e aprimorar um outro lado artístico, adormecido pela rotina na tatuagem, que é a pintura em aquarela. “Assim como na tatuagem foi um processo bem autodidata e só recentemente estão mais satisfatórios pra mim”.

Na pintura não gosta de retratar o mundo de forma tão objetiva. “A pintura em aquarela me deixa bem livre, já tem fotografia pra realidade, então quero retrato que carregue sentimento”.

Letícia também conta que a pintura é uma terapia, principalmente pra quem luta há algum tempo contra a depressão. “É uma forma de expressar minhas angustias, então faço desenhos mais surrealistas, que são mais ligados a sentimentos do que a formas objetivas”.

A pandemia afetou em cheio a organização financeira da artista. Ela, caso alguém se interesse, está comercializando as pinturas, mas também vai estampar seus desenhos em camisetas para venda.

A ideia é que desenhos feitos por ela também estampem camisetas (Foto: Arquivo Pessoal)
A ideia é que desenhos feitos por ela também estampem camisetas (Foto: Arquivo Pessoal)

“A pandemia me mostrou pela primeira vez que não dá pra ter uma única fonte de renda, então está sendo um processo de aprendizagem também nesse sentido”.

Para acompanhar o trabalho de Letícia, é possível acessar seu Instagram. Caso haja interesse em suas camisetas, elas serão vendidas ‘Coisas de Alucha’.

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