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Artes

Pode parecer algo bobo, mas você sabe o que é um livreiro?

Nada de estante: livreiro é profissão que tenta encantar público em Campo Grande

Por Aletheya Alves | 01/11/2024 08:22
Leitores são recebidos com indicações de obras. (Foto: Divulgação/Hámor)
Leitores são recebidos com indicações de obras. (Foto: Divulgação/Hámor)

Se você perguntar no Google o que é um livreiro, os primeiros resultados irão indicar uma estante para livros. E isso não está errado, mas, além do suporte para guardar as obras, livreiro também é uma profissão. Inclusive, em Campo Grande, há esses profissionais prontos para tentar encantar o público no mundo das letras.

Muito se discute sobre o hábito de leitura dos brasileiros, ainda mais com tantas livrarias fechando no País. Até por isso, quem ama esse universo e resolve trabalhar na área faz um pouco de tudo para compartilhar o carinho.

Por aqui, uma das sócias-fundadoras da Hámor Livraria, Bianca Resende, explica sobre a profissão e narra como ela mesma descobriu essa possibilidade.

“Eu conheci o trabalho dos livreiros e das livreiras em uma viagem a São Paulo. Por lá, tive o privilégio de conhecer pessoas incríveis que trabalham nessa área. Entendi que o seu trabalho, além de fazer a curadoria dos livros para venda e da sua disposição, ele precisa conhecer o cliente, se dispor a ajudar que encontre aquilo que precisa, aquilo que quer”, descreve.

Na prática, a ideia é que o cliente não fique perdido na livraria, mas que receba um guia para ajudá-lo a encontrar a obra que precisa e que não conhece. É uma espécie de construção de trilha de leitura.

Roda de conversa feita na livraria Hámor. (Foto: Kami Fernandes)
Roda de conversa feita na livraria Hámor. (Foto: Kami Fernandes)

Para exercer essa função, Bianca conta que o seu “eu livreira” começou a se desenvolver na vida pessoal. Antes de imaginar que venderia livros, já convencia as amigas a ler para conversar depois.

“Me formei conhecendo livreiros e livreiras, me apaixonando por livros e isso começa lá atrás porque sempre fui muito dos livros. Toda vez que eu amava algum, convencia todo mundo a ler para conversarmos sobre. Então eu ‘vendia’ eles, ‘vendia’ a ideia de ler”.

Ela explica que sempre teve o hábito da leitura, tanto que gostava de emprestar obras, trocar com as amigas e fazer a comunicação sobre aquilo que habitava as páginas.

Hoje, atuando no seu próprio espaço, faz sentido que a livraria não seja um ambiente apenas focado na venda, mas sim no diálogo.

“A gente pensa a livraria como um espaço além da venda porque já temos outras livrarias em Campo Grande, mas nós queríamos que a Hámor fosse um ponto de encontro, de aproximação e de formação de leitores”, diz a livreira.

Em resumo, os fundadores do espaço queriam ouvir sobre a leitura presente no cotidiano dos clientes e sobre a criação de novos leitores. Na prática, isso funcionou, segundo Bianca, já que uma série de pessoas comenta sobre como os dias têm sido mais divididos com as obras.

E, para ampliar esse desejo, dois clubes de leitura foram criados na livraria. Um dedicado a jovens e adultos, outro para crianças, sendo que ambos terão seu primeiro encontro no dia 30 de novembro. Para mais informações, o perfil da livraria é @hamorlivraria.

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