Rotina da bicharada pela vizinhança é contada a partir da gata Matilda
A história é contada por meio de desenhos e textos resumidos com uma pegada bem criativa
Contar a história de animais por meio de ilustração é o mais novo desafio de Hyali Barros, 49 anos. Basta mostrar detalhes sobre o bichinho, que a ilustradora se encarrega de transferir as informações para o papel de forma divertida.
“Tenho vários diários. Neles, tenho o costume de colocar explicações com desenhos, setas, recortes. Certo dia, olhei de maneira diferente pra essa minha mania. Vi nisso um trabalho rico de arte científica e pensei: ‘Poxa, poderia ser algo mais acessível, divertido e não tão científico a ponto de não ficar apenas no meu diário'. Comecei despretensiosamente com a Matilda, gatinha da minha filha”, contou Hyali.
De forma resumida, o dia a dia da “bichana” foi contado. Na história, é claro que não poderia faltar os outros amigos da vizinhança, que vira e mexe estão juntos. Os companheiros gatos de Matilda aparecem na história apenas com o nome e um adjetivo.
“Eles costumam ficar em frente de casa. É porque a gente coloca água, ração. Tem vez até que eles entram dentro de casa. O que a gente faz? Inventa nomes para os bichinhos e se diverte”, conta Hyali.
O Lázaro, por exemplo, é o aventureiro. É só dizer o nome dele, que o gato corre como fugitivo para qualquer mato que tenha perto. Já a Jorgina, intitulada como pobrezinha, conquistou o coração da família, porque está sempre em busca de comida. Marcelo é aquele que tem cara de rico, estilo classe média alta. Tudo isso contado em forma de texto e desenho.
Tem que ser criativa e isso Hyali é estimulada desde criança. Quando tinha 9 anos, ela fazia cursos tradicionais de pintura. Era um verdadeiro amor. Até dava para cogitar a ideia de no futuro, seguir carreira na área artística, mas não foi bem assim que aconteceu. Depois de grande, a ilustradora se formou em Odontologia e foram longos 18 anos de profissão até ela entender que não gostava de sua área de atuação e ainda tomar coragem para encerrar de vez essa atividade.
“Até tentei conciliar os dois por uns oito ou dez anos. Eu tinha meu consultório e lá, dividi o espaço para mexer com pintura. Até mudar de profissão, foi um longo caminho. Ficava presa em questão financeira. Teve uma época que acabei entrando em depressão”, revelou Hyali. Ainda bem que a batalha foi vencida e a ilustradora se rendeu a fazer aquilo que gosta.
Devido à pandemia, Hyali não atende mais presencialmente. Quem se interessar pela obra de arte, pode entrar em contato por meio do WhatsApp (67) 9 8454-6695.
Curta o Lado B no Facebook e Twitter. Tem uma pauta bacana para sugerir? Mande pelas redes sociais, e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563.