Sul-mato-grossense integra 1ª rede de mulheres indígenas cineastas
Fazendo um mapeamento, a rede tem como objetivo fortalecer a luta dos povos indígenas através do cinema
Neste sábado (29), foi lançada a primeira rede audiovisual de mulheres indígenas do Brasil. Entre as 71 mulheres de 32 etnias, Mato Grosso do Sul é representado por Graci Guarani, natural da aldeia Jaguapiru e da etnia Guarani Kaiowá.
Composta por mulheres que atuam com comunicação e audiovisual, a Katahirine tem como objetivo fortalecer a luta dos povos indígenas através do cinema. Tendo nascido a partir do Instituto Catitu, ela produz o primeiro mapeamento das cineastas indígenas em solo brasileiro.
Inicialmente, o coletivo lançou seu site (veja aqui) que irá funcionar como uma apresentação de cada cineasta. Além disso, a rede pretende realizar encontros e organizar mostrar para exibir os trabalhos das mulheres.
De Mato Grosso do Sul, Graci é diretora do projeto Falas da Terra e integra o quadro de direção da série Cidade Invisível, da Netflix. Como projeto solo, neste ano irá lançar seu longa-metragem chamado Horizonte Colorido.
À Agência Brasil, Graci comentou que a iniciativa é um pequeno passo para mostrar a existência dessas mulheres, “pois é uma das demandas, poder reverberar estas produções também em catalogações, fazendo com que as iniciativas circulem e que as pessoas possam vir a conhecer mais sobre estas produções e suas criadoras. É uma iniciativa ainda que tímida e com um fôlego ainda no início, porém única no Brasil, e espero que tome corpo”, diz.
Hoje, ela mora em Pernambuco e deu início às suas produções há 15 anos, sem qualquer incentivo.
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