Usando rosto como tela, maquiagem transforma repórter em aula com drag
É preciso paciência para ser maquiado e muita criatividade para colocar a imaginação na pele
Jornalista do Lado B não se preocupa muito com a própria maquiagem no dia a dia. O que conta mesmo dentro da bolsa é ter um elástico de cabelo para prender os fios e garantir o mínimo de frescor na nuca enquanto bate perninha em busca de uma boa história. Mas isso não significa que arte de maquiar caia no esquecimento. Em razão disso, hoje topamos o desafio de ousar e oferecer o rosto como tela para maquiagem artística. O resultado foi de Thailla para uma poderosíssima "Elke Maravilha".
E, olha, se vale um conselho, é preciso paciência. Uma maquiagem artística no rosto chega a durar quatro horas. No caso da feita pela maquiadora Nara Forato e sua aluna Bárbara Azevedo, o processo demorou mais porque uma estava ensinando a outra, e o conceito era fazer cada detalhe à mão, sem ajuda de molde.
Nara já contou sua história por aqui como como Drag e agora aparece com suas maquiagens que tem chamado atenção nas redes sociais. O que demanda, segundo ela, de estudos. “Maquiagem social, é a maquiagem que geralmente é feita para eventos, como casamento, formaturas e aniversários. Maquiagem artística conceitual, gosto de chamar assim, demanda de conceitos abstratos, cores, formas e traços mais lúdicos e, às vezes, quando é o conceito, sem precisão e igualdade”.
Quem não se imagina com algo mais conceitual certamente não teria coragem de sair nas ruas, mas a ideia é aplicar o estilo na pele, principalmente, explica Nara, para o crescimento profissional.
“Acho que a maquiagem artística deve ser explorada, experimentada, principalmente por maquiadores profissionais, isso eleva o potencial criativo, tira-os da zona de conforto, se torna um desafio e abre sua mente para outras possibilidades dentro da maquiagem”.
O passo a passo é longo, por isso, Nara oferece cursos na cidade para quem deseja se aperfeiçoar. Bárbara veio de Corumbá para aprender e acabou usando rosto da repórter para criar um conceito feminino, com rosas e cores.
“Queria fazer algo diferente das maquiagens que já tínhamos feito no curso. Sou fã da Frida Kahlo e me inspirei um pouco nela, nas cores e nas flores. Gosto muito da ideia do contraste por isso pensamos na máscara branca. As rosas tem toda essa beleza e delicadeza, mas também tem as raízes que mostram força, símbolos que me lembram a mulher. Ao mesmo tempo que são belas como as flores, são fortes como as raízes”, explica.
Na maquiagem, além de todo trabalho 100% feito com pinceis, professora e aluna deram preferência às bases de alta cobertura. “E para as peles coloridas uso geralmente clown ou pancake”, explica.
Para fazer o curso, Nara explica três noções básicas. “É preciso saber um pouco dos produtos, pincéis e calorimetria básica. Um maquiador profissional vai conseguir absorver muito mais que uma pessoa leiga que nunca fez maquiagem”, diz. Além disso, “vale ter criatividade e imaginação”.
Além de aperfeiçoamento, esse tipo de maquiagem bomba no Halloween, festa a fantasia, performances e apresentações teatrais. O contato de Nara é pelo Instagram.
Confira o resultado em vídeo.
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