Amizade nasceu no ano do bairro e turma celebra todo dia em bar
Auto intitulados ‘velha guarda’, amizade iniciou junto com o Bairro Arnaldo Estevão Figueiredo, em 1988
Eles se consideram a ‘velha guarda’ e amam falar de uma amizade que iniciou junto com a fundação do Bairro Arnaldo Estevão Figueiredo, em 1988, na mesa do mesmo bar, localizado na Rua dos Servidores Públicos, que viu o companheirismo do grupo crescer. Com gente nova chegando para somar, e muitos amigos queridos já falecidos, mas lembrados com carinho, todos os dias eles se reúnem para bater um papo e espairecer.
Na noite desta quinta-feira (18), a roda não estava completa. O professor aposentado Moacir Fernandes da Costa, 62, explica que os amigos chegam aos poucos, passam alguns minutos e depois vão embora. Mas o importante é que quase todos os dias, o grupo se reúne para colocar a conversa em dia e compartilhar risadas.
Moacir relata que a amizade começou junto com o bairro, em 1988. Como todos moram no entorno, e o bar era uma das poucas conveniências da região, que na época não tinha tantas opções de lazer e lanchonete, acabou virando ali o ponto de encontro do grupo, do qual eles não abrem mão por nada.
“É um momento de lazer nosso, é lazer. A gente não tem outra coisa pra fazer. Nós temos aqui em volta várias conveniências, temos o Gastrota, mas só que a gente não frequenta lá, e não é porque a gente não quer, é porque a gente já se acostumou aqui”, enfatiza Moacir.
Com bastante alegria, e uma cervejinha gelada, a roda de conversa abrange de tudo um pouco, desde política a futebol, família, filhos e netos. “A gente se reúne, brinca, bate papo, tira sarro um do outro, conversamos sobre o dia a dia, sobre tudo”.
Moacir ainda revela que quando um amigo deixa de aparecer por mais de três noites seguidas, a preocupação bate. “Quando um fica duas, três noites sem aparecer, a gente já fica preocupado. Onde que tá? O que que aconteceu? Por que que não tá vindo? Então a gente se preocupa um pouco”.
Isso porque após tantos anos de amizade, é impossível não se importar com o paradeiro daqueles com quem compartilham suas vivências diariamente. Com alegria nos olhos, toda a mesa ainda ajudou a relembrar o nome dos companheiros que já faleceram.
Um por um, mencionaram honrosamente os nomes de Zezinho, Duda, Luiz, Chiquinho, Hilário, Japonês e Mãozinha. “Todos eles já foram pra Deus, e nós estamos aqui”, completa Moacir.
A ‘velha guarda’ ainda reserva espaço para os novos, que aos poucos herdarão o legado da amizade. Como é o caso do tatuador Camilo Wellington, de 35 anos, que apesar de ter metade da idade da maioria do grupo, sempre que pode se reúne com eles, assim como o mestre de obras Jair Viana, de 49 anos.
Dessa forma, todos seguem tendo suas vidas, casas e famílias, mas todo final de tarde, pontualmente, a partir das 17h30, se reúnem na mesa do bar, para celebrar a amizade e o companheirismo com bastante alegria e muita risada.
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