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Comportamento

Amor pelo Centro fez Iza bolar quebra-cabeça que é a "cara" de MS

O que era para ser apenas uma ilustração regional virou quebra-cabeça fofo que todo mundo vai querer ter

Raul Delvizio | 20/04/2021 07:12
Apaixonada pelo Centro, Iza fez um quebra-cabeça com ilustração fofa da região. (Foto: Arquivo Pessoal)
Apaixonada pelo Centro, Iza fez um quebra-cabeça com ilustração fofa da região. (Foto: Arquivo Pessoal)

Para Iza Olmos Rodrigues de Lima, 41 anos, ninguém ama mais o Centro do que ela mesma. Da infância até a vida adulta, a analista de mídia sociais nunca desgrudou do bairro e até fez dele o seu "fundo de quintal" predileto. O que para uns seria pura bagunça e desassossego, para ela é um alento no coração. Foi assim, com esse sentimento em mente, que acabou por bolar até um quebra-cabeça que é a "cara" de Campo Grande, e conversa diretamente com cada sul-mato-grossense.

"A ideia da arte surgiu na pandemia. Tantas famílias em casa e isoladas como eu também estava. Inicialmente, não sabia se faria o quebra-cabeça em si, pois encomendei a ilustração para servir de quadro para mim. Foi quando me lembrei de alguns momentos da infância, em família, de pura nostalgia, e decidi criar um puzzle regionalizado", explica.

E qual é a imagem? Uma paisagem do Centro composta por um trio de capivaras atravessando a faixa de pedestres da Rua 14 de Julho. "Essa cena eu já tinha em mente. Conversando com minha sobrinha Thaís ela me sugeriu a artista Amanda Mamede. Ao ver o trabalho dela, simplesmente me apaixonei", conta. Já outra ilustração é de um grupo de capivarinhas curtindo um momento de descanso e lazer na Praça Ary Coelho, também feita pela artista.

O que era para ser um quadro pendurado no apartamento onde mora virou a opção de quebra-cabeça (Ilustração: Amanda Mamede)
O que era para ser um quadro pendurado no apartamento onde mora virou a opção de quebra-cabeça (Ilustração: Amanda Mamede)
O mesmo grupo de capivaras acima curte momento de lazer na Praça Ary Coelho (Ilustração: Amanda Mamede)
O mesmo grupo de capivaras acima curte momento de lazer na Praça Ary Coelho (Ilustração: Amanda Mamede)

O que era para ser apenas um quadro pendurado no apartamento onde mora na rua Dom Aquino virou um "bebê" de 9 meses nas mãos de Iza. "Da ideia inicial, rascunhos e pintura à mão da Amanda, até a produção do puzzle em si, foi um total de 9 meses. Acabei entrando em contato com a marca de brinquedos Grow em março pois já sabia que eles produziam quebra-cabeças com fotos personalizadas. Menos de um mês depois, chegou a caixinha com as peças para mim".

A encomenda especial chegou no último dia 15 e o resultado não poderia ser outro: "fiquei apaixonada ao ver", diz. Segundo Iza, até a própria Grow se surpreendeu com a imagem e o suporte foi "bastante positivo", conta. "Eles até comentaram sobre as capivaras! Foi muito legal mesmo. Acabei tendo essa assistência da empresa até para próximos pedidos, em que já confirmaram desconto", revela.

No momento, o quebra-cabeça está disponível em duas opções de arte, três tamanhos cada: 60, 360 e 500 peças. Respectivamente, os valores saem por R$ 85,00, R$ 120,00 e R$ 149,00. Quem sabe esse não seja a sugestão para um próximo presente?

Amor pelo Centro – Falar do bairro emociona Iza. Afinal, desde que era criança, acompanha o desenvolvimento do que para ela ainda se trata do seu "quintal" particular. Antes de falecer nos anos 90, o pai de Iza, seu Arnaldo Rodrigues, possuía a banca de jornal "dos Pracinhas", bem ao lado do finado Bar do Zé, na Rua 14 de Julho. Isso a partir de 1985.

"Fundo de quintal": banca de jornal do pai era, para Iza, a extensão de sua casa (Foto: Arquivo Pessoal)
"Fundo de quintal": banca de jornal do pai era, para Iza, a extensão de sua casa (Foto: Arquivo Pessoal)

"A banca de jornal do meu pai era como se fosse a extensão da minha casa. Ali era onde eu e minhas irmãs podíamos ler gibi à beça e até visitar o boteco ao lado. Lembro de ajudar a lavar os copos lá dentro e a guardar as cadeiras. Era divertido demais! A Praça Ary Coelho era meu jardim, e eu conhecia cada canto lá de dentro. Meu pai ficava papeando com os amigos e a gente ia brincar na areia, catar tamarindo e pitanga por lá. São detalhes valiosos e momentos que vou guardar com muito amor", confessa.

"Me lembro de quando a praça foi reformada, fiquei bastante emocionada na época. Tanto que fui atrás do projeto na prefeitura antes mesmo dele ser concluído de tanta que era minha ansiedade", admite – isso sem falar da revitalização da 14 de Julho.

Junto da mãe e das irmãs, registro nos anos 80 da família que sempre morou pelo centro da cidade (Foto: Arquivo Pessoal)
Junto da mãe e das irmãs, registro nos anos 80 da família que sempre morou pelo centro da cidade (Foto: Arquivo Pessoal)

De lá pra cá, Iza ressalta a profunda mudança que o bairro sofreu. "Pude ver a criação de shoppings e de como a internet afetou o comércio no geral. São novos tempos e se reinventar é a palavra da vez. Afinal, ninguém mais sai de casa com o risco de pegar o vírus para ser mal atendido", opina.

Ao homenagear o bairro que tanto gosta de "respirar", e fazendo um ode a Campo Grande, o quebra-cabeça também virou uma oportunidade de lembrar da velha infância, de quando uma de suas irmãs ficava de bruços na cama brincando do jogo. "Ela colocava o quebra-cabeças sob um papelão e ficava horas testando. Era um momento só dela e que espero compartilhar com outros campo-grandenses", finaliza.

Para conhecer o quebra-cabeça e fazer uma encomenda, basta acompanhar acessar o perfil no Instagram de Iza.

Caso prefira, pode falar direto com Iza por meio do número telefônico (67) 99214-6863.

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