Anotar bons momentos resgata conquistas e não só frustrações ao fim do ano
Psicóloga fez o teste e, apesar do pesares, como resultado relembrou de um ano incrível
É natural do ser humano se lembrar com facilidade de coisas ruins à evidenciar as coisas boas. Isso se aflora ao fim de ano, que por si só é um momento de reflexão. No entanto, uma simples atividade pode mudar essa perspectiva e fazer qualquer um enxergar um ano repleto de acontecimentos especiais. A psicóloga Lilian Zeola fez o teste do potinho de experiências e se surpreendeu com o resultado.
Na internet, ela chegou a publicar o seguinte texto: "2019... foi um ano de retrocessos sociais, legislativos e políticos. Em contrapartida, trouxe muitas coisas boas nas minhas relações pessoais, familiares e profissionais, foram inúmeras pessoas maravilhosas que conheci neste ano!! Valeu 2019(sic)", escreveu.
O potinho das boas experiências começou em 2019, mas Lilian e a família são adeptos de vários rituais há anos, um deles, é uma tradição entre irmãs e se resume no ato de elencar metas para cada mês do ano e, em dezembro, comparar o que realmente aconteceu.
“A lista de metas já é uma tradição há oito anos. Uma de minhas irmãs mora numa casa bem gostosa, aí sentamos com o pé na água da piscina e listamos nossos desejos. Inicialmente nos escrevíamos muitos desejos materiais, mas percebemos que nos últimos quatro anos passamos a desejar coisas mais importantes, como saúde, paz, harmonia. Quando a gente tem expectativa para as coisas, principalmente, nos tempos sombrios que a gente vive, é mais animador. E sobre o potinho de experiências boas, podem ser coisas até pequenas para você, mas com um sentido especial, é um tijolinho na construção de sua felicidade”, conta.
Ao lado da filha, Lilian também tem o costume de elencar 25 virtudes a serem melhoradas. As palavras são colocadas em papeizinhos e embrulhados em lacinhos. “Entre os papéis estão perseverança, paciência, tranquilidade, amorosidade, sabedoria, entre outros. Então fazemos nossa orações de iniciação ao ano novo e cada uma tira um papelzinho e lê o seu e guarda na carteira, que seria a virtude a ser melhorada durante o ano. Eu colocava meus papeizinhos no espelho do banheiro, então eu lembrava todos os dias. Por exemplo, no ano passado e, neste ano, peguei perseverança”, conta.
Sobre o potinho que inicia vazio e termina cheio, a psicóloga garante que os registros de bons momentos podem minimizar o impacto de tragédias que ocorrem ao longo dos 12 meses.
“Eu dei um exemplo sobre isso a uma amiga. Eu a abracei e disse que já a admirava como artista plástica, mas durante o movimento do “Ele Não” eu consegui me aproximar mais. Hoje um ano depois somos super amigas, então, tem coisa muito ruim que aproxima pessoas e fortalece amizades. Antes de viajar no fim do ano, eu disse a ela que foi um ano maravilhoso, porque trouxe muitas coisas boas, no meio de tanta coisa ruim”, explica.
Como psicóloga, Lilian admite que precisa construir um eixo mais forte, com o objetivo de ver o lado bom das coisas. “A gente vê que as esperanças que a gente tem e como a gente constrói as coisas, às vezes chegam melhor do que a gente espera. E quando elas chegam melhor que o esperado é porque elas ainda não estavam prontas”, pontua.
Lilian também gosta de comparar o fim da experiência com um quebra-cabeças que é resultado de como as pessoas olham para as coisas boas. “Nos faz vibrar”, frisa.
A psicóloga garante que são brincadeiras que fazem refletir não somente em coisas materiais, mas em virtudes e vivências boas.
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