Antônio vira “patrimônio” e vai parar em mesa com história da empresa
Atendente começou a trabalhar aos 14 anos no Thomaz Lanches, ficou fora por 10 dez anos, mas retornou
Depois de 26 anos trabalhando no primeiro local em que foi contratado, Antônio Aparecido de Oliveira virou “patrimônio” do Thomaz Lanches e foi parar até nas mesas da loja com a história da empresa. No caminho desde 1988, ele já chegou a sair do trabalho, mas retornou e garante que, se depender dele, só se despede novamente da empresa quando se aposentar.
Orgulhoso da história com a empresa, Antônio aponta para um adesivo instalado em todas as mesas da loja na Avenida Bom Pastor e brinca que sua relação com o Thomaz é tão longa que começou quando ele ainda tinha cabelos. “Nessa foto de 1990, eu já trabalhava há dois anos com o seu Zé, na época, era só a portinha na Sete de Setembro”.
Aos 48 anos, o atendente relembra que tudo começou quando ele tinha apenas 14 anos e aprendeu a viver no mercado de trabalho ao lado das famosas esfihas. “Até hoje, eu me lembro, entrei lá no dia 24 de fevereiro de 1988. Fiz entrevista e comecei a trabalhar, na época, a gente era em dois funcionários no balcão e dois na cozinha. Hoje são 60.”
De família simples, Antônio conta que, naqueles dias, era difícil arrumar um bom emprego, ainda mais sem saber se relacionar com o público. Por isso, explica que logo que garantiu a vaga, decidiu se dedicar para continuar lá por anos. Só não imaginava que seria por tantos.
“Foi o primeiro emprego que eu tive na vida e só saio daqui se eu morrer ou me aposentar. Na época que fui contratado, eu não sabia nada, mas o seu Zé me ensinou tudo. Ele sempre explicava para a gente sobre como lidar com o público, é um homem bom.”
Nesse período, o trabalhador já foi de atendente de balcão até entregador e explica que o importante mesmo é continuar lidando com o público. “Eu acordo 4h da manhã todos os dias e chego aqui às 5h30min. Se eu realmente não gostasse de trabalhar na empresa, não teria continuado”, explica.
Ao todo, foram 25 anos de serviço ininterruptos, até que Antônio e a família se mudaram para Dourados. Ele conta que trabalhou na cidade por quase dez anos, mas retornou para Campo Grande e foi recebido de portas abertas pela antiga empresa.
Eu voltei a Campo Grande para cuidar do meu pai, mas ele faleceu e resolvi ficar por aqui de novo. Eu gosto de mexer com gente, de conversar e atender, então aqui é ótimo para mim", diz.
Sobre as mudanças no mercado de trabalho, ele conta que hoje é difícil encontrar pessoas que continuem nos empregos por tanto tempo. E garante que criar raízes tem seus pontos positivos, como se tornar conhecido pelo público.
Exemplificando, ele conta que em qualquer lugar da cidade, encontra clientes que já atendeu e até em férias no Paraná já foi reconhecido. “Você conhece muita gente e não tem como não gostar, a gente se sente bem.”
Um dos filhos que administram a empresa e que acompanhou a permanência de Antônio, Ricardo Thomaz resume que é uma felicidade ter o funcionário por tanto tempo. Para ele, o principal motivo da longa história se relaciona com os ensinamentos do pai, José Thomaz.
A empresa é muito correta e meu pai sempre ensinou sobre isso, então acredito que por esse motivo ele continuou com a gente. Sempre foi um funcionário de confiança da família, nós ficamos felizes", diz Ricardo Thomaz.
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).