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Comportamento

Antônio vira “patrimônio” e vai parar em mesa com história da empresa

Atendente começou a trabalhar aos 14 anos no Thomaz Lanches, ficou fora por 10 dez anos, mas retornou

Aletheya Alves | 11/05/2022 06:35
Antônio Aparecido de Oliveira trabalha no Thomaz Lanches há 26 anos. (Foto: Aletheya Alves)
Antônio Aparecido de Oliveira trabalha no Thomaz Lanches há 26 anos. (Foto: Aletheya Alves)

Depois de 26 anos trabalhando no primeiro local em que foi contratado, Antônio Aparecido de Oliveira virou “patrimônio” do Thomaz Lanches e foi parar até nas mesas da loja com a história da empresa. No caminho desde 1988, ele já chegou a sair do trabalho, mas retornou e garante que, se depender dele, só se despede novamente da empresa quando se aposentar.

Orgulhoso da história com a empresa, Antônio aponta para um adesivo instalado em todas as mesas da loja na Avenida Bom Pastor e brinca que sua relação com o Thomaz é tão longa que começou quando ele ainda tinha cabelos. “Nessa foto de 1990, eu já trabalhava há dois anos com o seu Zé, na época, era só a portinha na Sete de Setembro”.

Aos 48 anos, o atendente relembra que tudo começou quando ele tinha apenas 14 anos e aprendeu a viver no mercado de trabalho ao lado das famosas esfihas. “Até hoje, eu me lembro, entrei lá no dia 24 de fevereiro de 1988. Fiz entrevista e comecei a trabalhar, na época, a gente era em dois funcionários no balcão e dois na cozinha. Hoje são 60.”

Adesivo instalado em mesas conta sobre a história da empresa. (Foto: Aletheya Alves)
Adesivo instalado em mesas conta sobre a história da empresa. (Foto: Aletheya Alves)

De família simples, Antônio conta que, naqueles dias, era difícil arrumar um bom emprego, ainda mais sem saber se relacionar com o público. Por isso, explica que logo que garantiu a vaga, decidiu se dedicar para continuar lá por anos. Só não imaginava que seria por tantos.

“Foi o primeiro emprego que eu tive na vida e só saio daqui se eu morrer ou me aposentar. Na época que fui contratado, eu não sabia nada, mas o seu Zé me ensinou tudo. Ele sempre explicava para a gente sobre como lidar com o público, é um homem bom.”

Antônio, terceiro da esquerda para direita, aparece em registro de 1990. (Foto: Aletheya Alves)
Antônio, terceiro da esquerda para direita, aparece em registro de 1990. (Foto: Aletheya Alves)

Nesse período, o trabalhador já foi de atendente de balcão até entregador e explica que o importante mesmo é continuar lidando com o público. “Eu acordo 4h da manhã todos os dias e chego aqui às 5h30min. Se eu realmente não gostasse de trabalhar na empresa, não teria continuado”, explica.

Ao todo, foram 25 anos de serviço ininterruptos, até que Antônio e a família se mudaram para Dourados. Ele conta que trabalhou na cidade por quase dez anos, mas retornou para Campo Grande e foi recebido de portas abertas pela antiga empresa.

Eu voltei a Campo Grande para cuidar do meu pai, mas ele faleceu e resolvi ficar por aqui de novo. Eu gosto de mexer com gente, de conversar e atender, então aqui é ótimo para mim", diz.

Sobre as mudanças no mercado de trabalho, ele conta que hoje é difícil encontrar pessoas que continuem nos empregos por tanto tempo. E garante que criar raízes tem seus pontos positivos, como se tornar conhecido pelo público.

Exemplificando, ele conta que em qualquer lugar da cidade, encontra clientes que já atendeu e até em férias no Paraná já foi reconhecido. “Você conhece muita gente e não tem como não gostar, a gente se sente bem.”

Um dos filhos que administram a empresa e que acompanhou a permanência de Antônio, Ricardo Thomaz resume que é uma felicidade ter o funcionário por tanto tempo. Para ele, o principal motivo da longa história se relaciona com os ensinamentos do pai, José Thomaz.

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A empresa é muito correta e meu pai sempre ensinou sobre isso, então acredito que por esse motivo ele continuou com a gente. Sempre foi um funcionário de confiança da família, nós ficamos felizes", diz Ricardo Thomaz.

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